Wilma Rejane
Pedro, tu me amas? Pedro, tu me amas? Pedro, tu me amas?
Qual seria a intenção de Jesus ao perguntar recorrentemente sobre o sentimento de Pedro? O apóstolo, que por três vezes negou Jesus a caminho da crucificação? O filho de Jonas, meio desconcertado responde dizendo amar Jesus com amor fhileo (strong 5368): um sentimento carinhoso, afetuoso, mas limitado, distante do amor Ágape: perfeito, incondicional e insistente porque é longânime.
Pedro desconhecia o Ágape, ainda não havia se dado conta da dimensão do amor característico do Reino de Deus. O Ágape se estende sobre nós dia após dia como proteção e cuidado, como graça constante que nunca falha a perguntar-nos: Tu me amas? Tu me amas? Tu me amas? É a mesma voz, insistente que toma conta de nossa consciência em um exame profundo sobre nosso relacionamento com Deus.
É o amor Ágape que nos remete ao calvário, quando Jesus humilhado e injustiçado não desistiu de seguir em direção a crucificação porque insistentemente em seu coração fluía os rostos dos “Pedros” que precisavam mergulhar no Ágape em um encontro com a felicidade.
Junto ao Tiberíades
É as margens do lago em Jerusalém que Jesus mantêm com Pedro um diálogo transformador. Ressurreto, Ele reaparece pela terceira vez e encontra Pedro e alguns companheiros em uma tentativa frustrada de pesca: “Naquela noite nada apanharam” Jo 21: 3.
É estranho perceber que os homens que andaram com Jesus e viram barcos irem a pique por tantos peixes, lá estavam, de redes vazias. Disse-lhe, pois Jesus: Filhos tendes alguma coisa para comer? Responderam-lhe: Não (Jo 21:5). As lições que haviam aprendido sobre "lançar as redes ao mar profundo, confiando nas palavras de Jesus" pareciam ter sido esquecidas, eram uma vaga lembrança, assim como a imagem que naquele momento estavam tendo de Jesus, pois sequer o reconheceram de imediato. Onde estava a fé dos discípulos? Eles pareciam enfraquecidos e desiludidos sobre as promessas de Jesus. A morte havia mexido profundamente com suas convicções.
É estranho perceber que os homens que andaram com Jesus e viram barcos irem a pique por tantos peixes, lá estavam, de redes vazias. Disse-lhe, pois Jesus: Filhos tendes alguma coisa para comer? Responderam-lhe: Não (Jo 21:5). As lições que haviam aprendido sobre "lançar as redes ao mar profundo, confiando nas palavras de Jesus" pareciam ter sido esquecidas, eram uma vaga lembrança, assim como a imagem que naquele momento estavam tendo de Jesus, pois sequer o reconheceram de imediato. Onde estava a fé dos discípulos? Eles pareciam enfraquecidos e desiludidos sobre as promessas de Jesus. A morte havia mexido profundamente com suas convicções.
E em uma demonstração de poder, misericórdia e insistente amor, Jesus diz: Lançai a rede (Jo 21:6) e mais uma vez à multidão de peixes inunda as redes de pescaria, por este milagre, todos reconhecem que aquele "estranho" era Jesus. Simão Pedro, envergonhado, por estar nu (sem nada por baixo da túnica), apressadamente entra no mar.
O Amor Restaura
È Pedro quem escreve o verso acima. Agora ele já não falava mais de fhileo, mas tendo sido gerado de novo, demonstra conhecimento profundo da dimensão do amor do Reino. Se antes ele fugia da morte por vergonha, medo, agora ele seria o sacrifício, pois o "verdadeiro amor lança fora todo o medo" (I João 4:18). O perfeito amor é o Ágape, o amor que transformou Pedro, vencido pelo insistente amor. E é esse amor que releva nossas falhas e a exemplo d
Não foram tantos os dias que os discípulos ficaram distantes de Jesus, mas já havia um abismo entre o que viram, viveram e aprenderam e o estado onde estavam. Os discípulos, precisavam do ágape dentro deles! Jesus estava ali, naquele informal encontro para dizer-lhes que havia um tipo de amor que valia a pena ser vivido, buscado, encontrado. Ele era esse amor! Ele estava ali perdoando a Pedro e aos demais que fugiram e se esconderam por medo de serem presos e mortos com Jesus por ocasião da crucificação.
Pedro, tu me amas? Pedro, tu sabes o que é amar? Pedro, tu sabes que te amo? (João 21:15-22)
Só existia uma maneira de responder satisfatoriamente a pergunta de Jesus. Não era com a mente, nem com a diplomacia que o companheirismo rega, era com o coração, com um mergulho dentro do ser. Pedro precisava fazer essa reflexão, foi quando reconheceu sua fragilidade e nudez não apenas física, mas também espiritual que disse: “Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo” João 21:17. Jesus então o considerou pronto:” Pedro, iras morrer por amor a mim” João 21:18
Revestido de Ágape
Revestido de Ágape
"Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre" I Pedro 1:23.
È Pedro quem escreve o verso acima. Agora ele já não falava mais de fhileo, mas tendo sido gerado de novo, demonstra conhecimento profundo da dimensão do amor do Reino. Se antes ele fugia da morte por vergonha, medo, agora ele seria o sacrifício, pois o "verdadeiro amor lança fora todo o medo" (I João 4:18). O perfeito amor é o Ágape, o amor que transformou Pedro, vencido pelo insistente amor. E é esse amor que releva nossas falhas e a exemplo d
e Pedro nos reveste para a eternidade.
Outras considerações
Jesus não desistiu de amar a Pedro por causa de sua fraqueza, Ele também não desiste de nós e insistentemente nos convida a conhecermos Seu amor. Pedro confirmou por três vezes que amava Jesus; amava o Pai, o Filho e ao Espírito Santo ministrador.
Pedro e os demais discípulos estavam reunidos na praia quando Jesus os visitou, eles pareciam adormecidos, esquecidos sobre quem era Jesus. Muitas vezes os traumas da vida podem causar feridas tão profundas em nós que tenderemos a acreditar que Jesus não nos ama, que Ele está distante de nós e Suas promessas são apenas parte de um passado que nos dava esperanças. Contudo, as decepções fazem parte da vida, elas também funcionam como propósitos para nos moldar e revestir de fé. Jesus não estava morto, havia ressuscitado e por amor estava novamente ao lado dos discípulos naquela noite em que nada conseguiram pescar.
Jesus nos ama e de fato não temos capacidade de amar de modo perfeito como Ele nos ama. Mas é revestidos do amor celestial, do Pai, do Filho e do Espírito Santo que somos capacitados a amar e aguardar a redenção prometida. É através do amor de Deus que encontramos e encontraremos forças para vencermos esse mundo mal. Deus nos ampara e dirige quando parece não haver saída, assim como não havia peixes naquelas redes vazias.
Quão profundo é o amor de Deus que transforma o pecador fazendo-o abandonar o pecado e buscar a vontade de Deus, pura e agradável.
Que Deus nos abençoe, em nome de Jesus.
***
Bíblia de Estudo Plenitude
Capitulo 21 Evangelho de João.
Imagem: amendoeira (Jeremias 1:11-16)
24.06.2022
3 comentários:
Duvida****
Ola Graça e paz, a cor preta representa no mundo físico ausência de luz correto ?
Qual sua opinião para esta nova onda de igreja, sendo pintada tanto por dentro como por fora da cor preta?
Não vejo isto como bons olhos.
Olá, graça e paz!
A questão do uso da cor preta no interior e exterior das igrejas pode parecer simples, banal, mas não é; é um acontecimento que requer uma análise de significados profundos que remete ao conceito de "Templo", não é uma questão de gosto e arquitetura apenas.
O Templo é o homem (I Coríntios 6:19), por esta perspectiva, pode se dizer que as coisas exteriores não importam, portanto, a igreja pode ser pintada de qualquer cor, mas não entendo dessa forma.
O exterior acaba sendo um retrato, uma imagem, símbolo, representação do que está no interior. Jesus disse: "O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que saí da boca, isso é o que contamina o homem" Mateus 15:11.
Quando escolhemos uma roupa para vestir, primeiro pensamos na roupa, imaginamos ela em nosso corpo, portanto, o vestir é o que "saí da boca" porque já passou pelo coração, pelos sentidos e se tornou realidade. O "sair da boca", não se refere apenas as palavras, mas a gestos, ações, exterioridades fruto de interioridades.
Será que o uso de drogas não contamina? Claro que contamina, até mata, tanto o espírito quanto o corpo! A droga entra pela boca ou saí? Ela entra, se entrou é porque existiu uma série de fatores interiores que colaboraram para a efetivação do uso, tudo tem origem no interior, é dessa forma que interpreto as palavras de Jesus em Mateus 15:11, versículo chave que estrutura minha opinião sobre o fato.
Embora a arquitetura considere paredes pintadas de preto como sofisticação e modernidade, na verdade, o que transparece é uma perda de sentido e reverência ao sagrado. O preto nas paredes dos templos é o reflexo de um momento obscuro de perda de identidade entre sagrado e mundano.
Como também estudei Filosofia e arte em meu mestrado, me aprofundando justamente no impacto da arte sobre as emoções, posso afirmar que a arquitetura afeta as emoções, as cores, as formas, dentre outros.
Destaco que minhas considerações sobre o tema não possuem qualquer viés racista, espero não ser interpretada erroneamente.
Obrigada pela companhia,
Em Cristo Jesus nosso Senhor e Salvador.
Graça e Paz, muito obrigado por sua resposta.
Rica resposta, já tinha lido um livro sobre a influência das corres, na nossa vida.
“Como também estudei Filosofia e arte em meu mestrado, me aprofundando justamente no impacto da arte sobre as emoções, posso afirmar que a arquitetura afeta as emoções, as cores, as formas, dentre outros.”
Pura verdade.
Hoje o mundo este cada dia mais doente temos, que deixar registrado até nossa opinião o motivo para não nos causar dor de cabeça no futuro.
“Destaco que minhas considerações sobre o tema não possuem qualquer viés racista, espero não ser interpretada erroneamente.”
Deus abençoe cada dia sua vida.
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