Autor: João Cruzué
Quão fracos e impotentes somos diante das adversidades da vida. Há alguns anos, minha cunhada Dalva foi acometida de câncer, apesar dos cuidados dos médicos, esposo, amigos, parentes, ela partiu, deixando muita dor. Eu sei que a morte é um inimigo real que ronda a todos nós. Fingimos que não acontecerá conosco, mas precisamos levar em conta essa possibilidade. E para que não passemos pela vida infelizes e estéreis, creio que é muito bom fazer uma pequena reflexão em Eclesiastes 12.1.
Sempre detestei visitar pessoas em hospitais, até o dia que fui trabalhar em um, durante seis anos. Ali, você pode ver de tudo, a realidade que não aparece nas ruas: os infortúnios, doenças graves, acidentes, feridos de todo tipo, crianças adultos e velhos. Lá eu pude ver duas coisas: a dor e a fragilidade humana.
Acredito no poder da oração e já pude dar graças a Deus por ver uma parente curada de câncer, voltando viva para casa. Por outro lado, também já orei e jejuei por muitos dias e o resultado foi nulo. Eu posso aceitar a decisão do Senhor em deixar uns e levar outros, mas nunca vou compreender bem as decisões Dele.
Antes da irmã Dalva falecer, tive oportunidade de visitá-la no Hospital. Pedi licença por um dia no trabalho e fui com minha esposa e filha no Hospital de Pariquera-Açu, depois da cidade de Registro. Na ocasião, ao entrar na enfermaria, minha cunhada estava com tubos e eletrodos por todo corpo. Inconsciente, com uma operação de válvula mitral no coração e outra operação para estancar um hemorragia no cérebro. Eu tinha acabado de orar à sua cabeceira e já me encontrava de saída, quando os outros pacientes me chamaram: Moço, olha ela está levantado a mão. Voltei e segurei com carinho aquela mão, quente, ardendo em febre. Foi a última imagem que tive dela viva.
Muitos oraram e muitos foram até o hospital para orar. Outros esperavam por um milagre que não veio. Diante da aparência da morte, somos como nada. Impotentes e Dependentes do Senhor. Em algumas ocasiões Ele responde, todavia, há situações que nem orações nem jejum resolvem. É preciso ter uma confiança bem grande para aceitar a vontade Dele, principalmente, quando um parente bem próximo se vai.
Quando o sábio autor de Eclesiastes escreveu no capítulo 12 v.1: "Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venha os maus dias, e cheguem os anos nos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento...." ele tinha um propósito. E este propósito é: nascer em Cristo, crescer em Cristo, viver em Cristo para quando os últimos dias de vida chegarem, você também possa dizer antes de dormir: Eu sei em quem eu tenho crido!
Não se lembra do Criador apenas com palavras, mas, sobretudo, com ações.Lembra do Criador e de sua ordenança: Ide por todo mundo e pregai o Evangelho a toda Criatura. E guarde bem outra afirmação sublime: "Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás!"
Não desperdice a sua juventude com apenas futilidades, inutilidades e uma vida sem propósitos. Em tempos de tanto vício e prostituição, faça um concerto com Deus e consagre sua vida ainda jovem ao Senhor. Não espere pela velhice quando já não terá mais vigor para servir ao Senhor Jesus Cristo.
Para onde todos nós vamos, o que fica para trás são nossas memórias. Muitos já deixaram na história uma vida de futilidades, drogas, ociosidade e hipocrisia. Outros deixaram uma vida de compromisso com Deus, como Paulo, Lutero, Wesley, Judson, Carey, Moody, Nee, Edwards, Berg, Vingren. Jesus Cristo ainda é o mesmo.
O Espírito Santo ainda é o mesmo. Não desperdice sua juventude e força à toa. Não escreva seu nome na areia, deixe o Espírito de Deus se apoderar de você para escrever seu nome na Rocha.
É tempo de refletir e de se aproximar de Deus.
João Cruzué edita o blog Olhar Cristão e colabora com O Tenda na Rocha
João Cruzué edita o blog Olhar Cristão e colabora com O Tenda na Rocha
Nenhum comentário:
Postar um comentário