Por minha amiga Cíntia Kaneschine
Depois de morar 14 anos no Japão, cá estou eu em terras brasileiras novamente!
Depois de morar 14 anos no Japão, cá estou eu em terras brasileiras novamente!
E eu não poderia deixar de registrar aqui minhas primeiras impressões e experiências em solo verde e amarelo. Infelizmente impressões e experiências não muito agradáveis.
A nossa viagem foi quase eterna de tão longa. Saímos do Japão, passamos por Taiwan, China e África do Sul. Foi bem cansativo, mas em todas as escalas foi muito tranquilo, voos silenciosos, pessoas educadas, normal.
aeroporto de Taiwan |
Dentro do avião mais confusão: muitas pessoas em pé, brigando por espaço e por poltrona, minha amiga que estava grávida, pegou um assento bem na fileira do meio no meio, o que era inviável para ela. Fomos conversar com as pessoas ao lado perguntando sobre a possibilidade de trocar de lugar, e para o nosso espanto, fomos xingadas!!!
Dei o meu lugar a minha amiga e fui eu lá no meio do meio.
Chegando aqui no aeroporto de Guarulhos, mais um triste episódio. Fui pedir informação a um agente da polícia federal e recebi dele uma resposta mal dada.
Ainda por cima, fizeram passar todas as nossas 10 malas no raio x, sem nos conceder ajuda.
Imaginem a cena e façam as contas, queridos:
• Cintia de 1,58;
• uma mãe e três crianças pequenas cansadas;
• 10 malas x 32kg;
• plataforma móvel a 50 cm de altura
Colocamos as bagagens ultra pesadas na esteira rolante.
Saí de lá chorando, queria de qualquer jeito tomar um avião de volta à Terra do Sol Nascente. Eu me sentia humilhada por TODOS os funcionários da Receita que olhavam o monitor do aparelho de raio x, com as imagens de nossos pertences em minhas malas, e nenhum filho de Deus para perguntar se eu precisava de ajuda.
Saímos do aeroporto. Logo que entramos na Marginal Tietê as crianças começaram a falar: "nossa mamãe, como o Brasil é kitanai (sujo) e que kusai (fedido)!".
Não encontrei palavras para responder a elas. Era verdade. Quanta pichação! Quanto lixo nas ruas e nos rios! O que eu ia dizer???
.
.
Gostaria de possuir coisas melhores para falar sobre o nosso Brasil e sobre os brasileiros agora, mas infelizmente a experiência que vivemos não foi muito boa para nós neste retorno.
Embora as dificuldades apareçam, não desprezo o nosso País, ao mesmo tempo não consigo fechar os meus olhos para a realidade da falta de educação da maioria dos cidadãos e do lixo que depositam em nossas cidades. O que escrevo não é uma crítica, nem é protesto, é o "tristemunho" de alguém que se sentiu estrangeira em sua própria terra.
Mas é claro que não tenho somente coisas negativas para relatar.
Revi parentes e amigos, tomei caldo de cana na feira (hahaha), levei minhas crianças ao teatro para ver pela primeira vez uma peça em português. Meus filhos puderam ver boi e cavalo de perto, tiveram a oportunidade de conhecer o bisavô, e muitos familiares que eles sequer tinham noção de ter.
"E sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, que são chamados segundo seu propósito." Romanos 8.28.
Sim, irmãos, eu sei que tudo o que temos passado é para o nosso bem, e não há murmuração, apenas experiências a serem contadas. E, de pouco em pouco, vamos nos encaixando por aqui.
Logo mais escreverei sobre onde estamos morando e a dificuldade de adaptação!
Conto com a oração dos irmãos.
Deus abençoe a cada um! Abraços!
.
Ainda por cima, fizeram passar todas as nossas 10 malas no raio x, sem nos conceder ajuda.
no avião para China |
• Cintia de 1,58;
• uma mãe e três crianças pequenas cansadas;
• 10 malas x 32kg;
• plataforma móvel a 50 cm de altura
Colocamos as bagagens ultra pesadas na esteira rolante.
aeroporto da África do Sul |
Saí de lá chorando, queria de qualquer jeito tomar um avião de volta à Terra do Sol Nascente. Eu me sentia humilhada por TODOS os funcionários da Receita que olhavam o monitor do aparelho de raio x, com as imagens de nossos pertences em minhas malas, e nenhum filho de Deus para perguntar se eu precisava de ajuda.
Saímos do aeroporto. Logo que entramos na Marginal Tietê as crianças começaram a falar: "nossa mamãe, como o Brasil é kitanai (sujo) e que kusai (fedido)!".
Não encontrei palavras para responder a elas. Era verdade. Quanta pichação! Quanto lixo nas ruas e nos rios! O que eu ia dizer???
na África com Mandela |
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Gostaria de possuir coisas melhores para falar sobre o nosso Brasil e sobre os brasileiros agora, mas infelizmente a experiência que vivemos não foi muito boa para nós neste retorno.
Embora as dificuldades apareçam, não desprezo o nosso País, ao mesmo tempo não consigo fechar os meus olhos para a realidade da falta de educação da maioria dos cidadãos e do lixo que depositam em nossas cidades. O que escrevo não é uma crítica, nem é protesto, é o "tristemunho" de alguém que se sentiu estrangeira em sua própria terra.
Mas é claro que não tenho somente coisas negativas para relatar.
Revi parentes e amigos, tomei caldo de cana na feira (hahaha), levei minhas crianças ao teatro para ver pela primeira vez uma peça em português. Meus filhos puderam ver boi e cavalo de perto, tiveram a oportunidade de conhecer o bisavô, e muitos familiares que eles sequer tinham noção de ter.
"E sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, que são chamados segundo seu propósito." Romanos 8.28.
Sim, irmãos, eu sei que tudo o que temos passado é para o nosso bem, e não há murmuração, apenas experiências a serem contadas. E, de pouco em pouco, vamos nos encaixando por aqui.
Logo mais escreverei sobre onde estamos morando e a dificuldade de adaptação!
Conto com a oração dos irmãos.
Deus abençoe a cada um! Abraços!
parada na África do Sul com direito a banho
e café! |
Um comentário:
Eu nunca sai daqui do brasil mais fico triste em ouvir tantas pessoas falando tão bem de outros paizes e tão mal do nosso. da educação dos outros povos e da falta de educação aqui.oremos.
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