Raquel chora seus filhos em Ramá



Wilma Rejane

Ramá é a abreviação do nome Ramote-Gileade, região citada muitas vezes no Antigo Testamento. Atualmente, atribui-se a localização de Ramá a Ramith situado em uma colina a duas horas de viagem de Jerusalém. O lugar ficou marcado pela tragédia da morte das crianças, por mando de Herodes. De dois anos de idade para baixo, nenhuma criança foi poupada da espada e em apenas um dia  a matança se realizou gerando pranto e grande choro das famílias.

Profecia por Jeremias: "Assim diz o SENHOR: Uma voz  se ouviu em Ramá, o gemido de muito choro amargo: Raquel chorando os seus filhos, recusando ser consolada quanto a seus filhos, porque eles não mais existem." Jeremias 31:15

Cumprimento: "Um som se ouviu em Ramá, o som do choro de tristeza amarga. Raquel estava chorando por seus filhos. Ela não quer ser consolada, porque eles estavam mortos."  Mateus 2:18

Raquel era esposa de Jacó, mãe de José e Benjamim. Por muito tempo Jacó chorou a morte de José, mas ele não estava morto,  havia sido levado por mercadores como escravo para o Egito e por ser um homem valoroso e temente a Deus, tornou-se governador. Benjamim era o mais novo e serviu de instrumento de resgate para a família se livrar da fome, da morte e reencontrar o irmão José.

Os dois filhos de Raquel, representando choro e restauração. E é justamente o que a passagem Bíblica sobre o choro das mães em Ramá pretende nos transmitir. Enquanto Herodes mata as crianças, uma obra de esperança - a maior de todas - acontece nas redondezas: Jesus é dado como salvação para os povos, consolação de toda alma chorosa e amargurada.

No livro do profeta Jeremias, a profecia relacionada a Raquel era uma parábola ao cativeiro Babilônico, quando Ramá havia se transformado em campo de prisioneiros. O território era herança dos filhos de Benjamim (Josué 18:25) e agora abrigava as tribos do norte, chorosas e temerosas pelo destino de cada um. O ano, 722 a.C.

Voltando do cativeiro

A profecia completa de Jeremias fala não apenas de sofrimento, mas especialmente de restauração,vejamos:

“Assim diz o Senhor: reprime a voz de choro, e as lágrimas de teus olhos, porque há galardão para o teu trabalho, diz o Senhor, pois eles voltarão das terras do inimigo. E há esperança no derradeiro fim, para os teus descendentes, diz o Senhor, porque os teus filhos voltarão para o seu país” Jr 31: 16:17.

Deus enche de esperança as mães de Ramá! E podemos dizer que essas mães, são todas aquelas que choram por filhos em cativeiro. É preciso continuar trabalhando para que venha o galardão. E esse trabalho é à base de fé e oração.

Deus não omite o sofrimento e a dor em Sua Palavra, mas deixa evidente que Seu amor é capaz não apenas de curar, mas de restituir o que se perdeu.

Esperança no hebraico, se traduz como tiqvah  “estender a corda ou cordão” .

Talvez seja mais fácil falar sobre fé e esperança do que viver esses referenciais. Mas a vida é esse desafio que se torna rude e pesado se lutamos com as próprias forças. E se torna  surpreendente quando estamos com Cristo. O “cordão” alcança até os insondáveis lugares da eternidade, onde apenas Deus tem acesso para de lá nos revestir do impossível.

Raquel chorando seus filhos em Ramá é um lugar de indecifrável dor e de incomparável amor. Foi em Ramá que Ana chorou a Deus por um filho e recebeu como resposta Samuel e depois dele mais cinco crianças.

Em Ramá

Ramá diz respeito a mães e filhos, mas também a situações como a que atravessava a nação de Israel na época de Jeremias. Raquel se recusa a ser consolada, pelos homens, porque a nenhum deles é dado o poder de curar a alma das calamidades espirituais.

Ramá significa "lugares altos, elevados" , podemos dizer que é um lugar perto de Deus, Altíssimo.  Onde se ouvem orações. Enquanto os filhos de Raquel morriam em Ramá, Deus entregava o consolo aos homens em Belém, Jesus era a promessa de restauração do cativeiro. Por essa causa, não desprezemos a fé, ela é a melhor escolha em todos os tempos.

Basta um olhar sobre o mundo e as matanças diárias, para percebemos que o choro de Raquel persiste através das gerações. Basta mais que um olhar para Deus, uma entrega de fé, para que a esperança permaneça viva em nós.

Eis um vídeo sobre vida e morte, sobre volta do cativeiro e enxugar de lágrimas:




Deus o abençoe.

Fonte: Bíblia de Estudo Plenitude, SBB, corrigida e atualizada.

11 comentários:

ANDRESSA disse...

Nossa que vídeo fabuloso, Deus te abençoe muito, já assisti umas 4 vezes e em todas elas eu chorei.

henritk disse...

Mensagem lindíssima do grande amor de Deus.

Wilma Rejane disse...


Andressa e henritk,

Obrigada pela companhia,

Deus os abençoe.

Wilma Rejane disse...



Sergio,

Obrigada pela observação a mim enviada, corrigi o texto.

Deus o abençoe.

António Je. Batalha disse...

Foi bom encontrar o seu blo,e poder ver e ler o que está a escrever pois tenho encontrado bons textos, que edificam e ajudam a cada um.
Continue nesta força e na firmeza da Santa Palavra, pois é essa nos trás conforto e segurança.
Sou António Batalha, do Peregrino E Servo.
Deixo-lhe a minha bênção, e que a paz de Jesus encha sempre
seu coração.
Abraço.

Unknown disse...

Gostei muito do video. Ele fala do grande Amor que Deus tem por nós.
Resumindo tudo. Na verdade o Amor de Deus é um Amor incondicional é sem explicação só Deus pra têr este Amor tão bonito como esse.

Unknown disse...

O amor de Deus é incondicinal é sem explicação é tudo isto que o video mostrou.

Unknown disse...

Wilma, vc não tem idéia do que Deus,tem trazido através deste teu material. Tenho tido o mesmo discernimento de Rama, e espero que Deus venha usar-me, já que tem me despertado a ir atrás das ovelhas perdidas da casa de Israel, das quais também já fui e tenho sido restaurado.
Muito obrigado! Por se permitir ser este instrumento ao Espírito Santo, ele te honre.
Darei noticias da volta do Nosso povo do cativeiro.
Luciano Mauri

Unknown disse...

Nisso Deus é perfeito sua obra é perfeita...lindo vídeo

Unknown disse...

Nosso Deus é perfeito sua obra é perfeita...lindo vídeo

Simone disse...

Simplesmente maravilhoso!tanto o estudo quanto o vídeo.O amor de Deus realmente não se pode explicar pela sua amplitude.