Princesa Kate Middleton em visita as ilhas Salomão |
Wilma Rejane
Foi assistindo ao belo filme "Como estrelas na terra, toda criança é especial" que ouvi pela primeira vez a referência sobre o método utilizado pelos nativos das ilhas Salomão para derrubar árvores. É uma história curiosa e apesar de meu esforço em pesquisa para comprovação cientifica , nada encontrei a não ser artigos repetidos dando a ideia de que se trata de mais uma lenda a circular pela internet. Em todo caso, farei uso da "lenda" para extrair lições reais.
No filme, um professor apaixonado e dedicado, luta para desenvolver as aptidões intelectuais e emotivas de um garotinho com dislexia (Ishan de 9 anos). Uma criança mal compreendida e traumatizada pelos maus tratos verbais de seu pai que não percebe que as dificuldades do filho são de ordem patológica. Em uma das conversas com o pai de Ishan, o professor diz: "Você conhece a história dos nativos das ilhas Salomão? Quando uma árvore é de grosso caule e difícil de ser derrubada, por 30 dias os nativos se põem ao redor da árvore pronunciando maldições contra ela até que morram,sem sequer serem tocadas por um machado, apenas pela força das palavras".
Não se preocupe que o objetivo do artigo não é convocar o leitor à pratica da confissão positiva, porque acredito que a priori vem a fé, depois a confissão, o contrário disso seria superstição. Contudo, ignorar o poder das palavras seria ignorar o mundo, afinal somos movidos a linguagem e nada foge a essa regra, mesmo no silêncio, apreendemos mensagens que nos chegam em diferentes formas: desenhos, gestos, símbolos, cores, odores, sabores, pensamentos. O mundo é linguagem onde se procura as palavras certas para viver. A história das ilhas Salomão tem sua verdade e eu não quero ser o nativo, nem a árvore.
Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. Tiago 3: 8.9,10.
Abençoar a si e aos outros é um exercício edificante quando envolve sinceridade e amor. Em qualquer circunstância a benção tem efeito revigorante e motiva o perdão, Jesus disse: "Bendizei aos que vos maldizem, orai pelos vossos inimigos, para que sejais filhos de Deus Pai que está nos céus" Mateus 5:44, 45. A benção dizima o ódio, porém é sempre mais difícil construir que destruir, por isso tantas vezes escolhe-se acusar e falar mal ao invés de abençoar.
Abençoar , no hebraico, é “barach”. A raiz da palavra “barach” possui alguns termos derivativos, como: vrachá (benção); berech ( ajoelhar); b’rekah (tanque ou reservatório). Assim, benção inclui prece e reserva um mundo de coisas boas. Ao abençoarmos alguém, estamos desejando que essa pessoa conquiste prosperidade, paz e felicidade, por meio de Deus. Abençoar vai além do que se pode alcançar com as próprias forças, é uma invocação Divina. Deus disse para Abraão:"Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoares", Gn 12:3. Portanto, ao abençoarmos os outros, somos também abençoados. Plantando e colhendo.
Como cristã e educadora, tenho usado a benção na fé de que através desse ato, Deus de fato, transforma mau em bem. E já que iniciamos o artigo falando sobre o poder da benção no ato de educar e motivar, incluo aqui uma de minhas experiências em sala de aula. Ano passado, tive um aluno por nome Raimundo. 17 anos, primeiro ano do ensino médio. Em uma conversa com professores das disciplinas de inglês e história ouvi: "Raimundo não assiste minha aula e nem faço questão, pois a sala fica bem melhor sem ele e: em minha aula o ponho para fora da sala, se quiser bagunçar fica logo do lado de fora". Depois me perguntaram: E na sua aula, professora Wilma? Bem, Raimundo não apenas assiste todas as minhas aulas, como ainda é um dos melhores alunos, respondi. Surpresa geral.
O segredo estava na benção. Eu orava por Raimundo, elogiava seu desempenho em sala e o resultado foi surpreendente. No final do ano, dei de presente ao Raimundo um livro meu autografado e ele ficou muito feliz: " Nunca tive uma professora escritora, nem professor que achasse que eu merecia algum premio". Raimundo era um aluno inteligente, mas revoltado e queria chamar a atenção para si, em minhas aulas, acabou fazendo isso de forma positiva. Esse é um singelo exemplo do que a benção pode gerar.
Vou ficando por aqui com a lição dos nativos das ilhas Salomão e as recomendações Bíblicas sobre abençoar. Se você já pratica a benção, amém. E se ainda não, que tal começar hoje?
Deus o abençoe.
Saindo do forno também o artigo do irmão em Cristo e amigo Wally, não foi combinado, mas publicamos quase que igualmente sobre "o poder da língua, das palavras". O artigo dele você pode ler (Aqui)
3 comentários:
obg, amada!
=)
não foi combinado não, foi uma cristocidência... risos
;)
De nada Wally,
Também agradeço o destaque em seu blog "desafiando Limites, vencendo barreiras".
Deus o abençoe
Olá Wilma,
Mt bom o seu blog, os textos são maravilhosos de ler e edificantes. Parabéns!
abraços
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