Hilarry Clinton e Bill Clinton |
Wilma Rejane
O casal abrigado pelos guarda-chuvas enfrentou uma verdadeira tempestade quando o caso de traição conjugal de Bill Clinton veio à tona. Casado com Hilarry Clinton, o então presidente dos Estados Unidos protagonizou um escândalo com uma de suas estagiárias chamada Mônica Lewinsky, o ano era 1998 e o mundo inteiro acompanhou a história. A esposa de Clinton agiu de forma tão sábia e cristã em relação ao caso, que conquistou eleitorado para sua promissora carreira politica que perdura até hoje. Ela perdoou o marido e disse ter feito isso firmada na fé em Cristo.
Esse é um exemplo envolvendo pessoas famosas e que por orgulho ou motivações torpes poderia ter ocasionado em divórcio, contudo casos semelhantes ocorrem diariamente com pessoas próximas ou distantes de nós: infidelidade conjugal é um fantasma que assombra, que concorre com a dor da morte de tão desastrosa que chega a ser. Algumas perguntas que se fazem em situações como essa, são: vale a pena perdoar? Ainda existe amor? Onde errei? Onde erramos? É possível recomeçar?
Quando interrogado por fariseus sobre a permissão de divórcio por Moisés, Jesus respondeu: Pela dureza dos vossos corações ele vos deixou escrito esse mandamento. Mc 10:5. Significa que divórcio pode ser resultado da falta de perdão, de corações endurecidos, inflexíveis, tomados de tanta mágoa e dor que não conseguem vencer o drama da traição. Caídos por caídos, feridos sem mãos estendidas para reunir as forças e prosseguir de mãos dadas.
Nenhum de nós é tão forte que jamais falhe e para um casal que escolheu se unir com perspectivas de relacionamento estável e feliz, é importante olhar para o outro como se fosse para si mesmo. O perdão é virtude dos fortes, dos que amam. A cura do esposo passa pelo perdão da esposa e vice-versa. É claro que existem casos e casos. Pessoas traem por tantos motivos que é difícil enumerar, mas a essência de toda traição carrega a mentira e onde houver mentira há pecado e infelicidade.
Cristãos não estão isentos de viver esse drama no casamento, para estes há uma diferença que deve fazer toda diferença na tomada de decisões: a fé. Sim, nem tudo deve ser tão espiritualizado a ponto de omitir ou negligenciar o óbvio, mas a fé em Deus e a consulta a Sua Palavra devem ser referencial: "O que Deus ajuntou, não o separe o homem" Mc 10:9. Construir, reconstruir e melhorar as famílias é propósito Divino.
Não sou especialista na área de casais ou coisa parecida, mas idealizei esse artigo porque durante meus vinte e seis anos de casada, também já passei por tempestades, perdoei e fui perdoada e posso afirmar quão essencial é para o casal dialogar nos momentos de crise e se manter unidos mesmo que "o barco seja açoitado por fortes ondas". Ainda existe amor? Então faça-se da água vinho novo. Apaixonar-se por outra pessoa fora do casamento pode parecer bom e agradável, doce como aquele mel que Sansão encontrou na boca do leão, mas uma hora ele se tornará em fel.
Amor verdadeiro é aquele que olhando nos olhos do outro, encharcados de lágrimas diz: " Te amo e não vou desistir de você por essa falha". É importante que se diga: o perdão chega junto com o arrependimento. Arrepender-se implica deixar para trás. Não praticar mais, cortar relações, laços com a terceira pessoa que provocou a crise na relação. É preciso reconquistar a confiança do cônjuge, devolver a estabilidade no relacionamento. Pense que a paixão é algo passageiro e que se volta para o imediatismo, o egoísmo de nossos sentidos. O amor é duradouro e tão belo que nem o tempo, nem as rugas, nem fracassos, nem vitórias conseguem extinguir.
Vejo as crises como momentos de crescimento e por isso, se a tempestade chega, é hora de se abrigar em Deus e aprender com o tempo que derrama forte chuva em um dia e no outro nos brinda com o raiar do sol e céu sem nuvens. Se você está enfrentando crise no casamento, não se desespere, invista tempo em conversar com seu (ua) companheiro(a). Se arrependa do mal que causou, ou se foi o outro que se arrependeu: perdoe e perdoe.
Lembra do tempo de namoro, de recém-casados? Que tal revigorar a relação resgatando o que ficou perdido em algum lugar na vida de casados? Conversar juntinhos até tocar o coração um do outro, beijar demoradamente na boca, se embelezar para atrair olhares e desejos do cônjuge, passar mais tempo juntos, e tantas outras coisas que sabemos fazer parte de um bom romance.
Deus o abençoe.
Um comentário:
Que lindo esse artigo! Que Deus continue te usando. Estou passando por uma luta grande comigo mesma em virtude de uma traição por parte do meu conjuge, mas creio que o amor tudo sore, tudo cre, tudo espera, tudo suporta!
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