Wilma Rejane
Muito tem se questionado sobre a decisão do presidente norte-americano Barack Obama , de apoiar o casamento entre pessoas do mesmo sexo: convicção moral ou estratégia politica? É interessante perceber essa separação ideológica entre individuo e estado. Até que ponto a politica corrompe a moral em detrimento do poder? O politico é moldado pelos interesses partidários e de elegibilidade ou ele molda a politica através de suas convicções morais?
O cenário politico no qual está inserido o presidente mais influente do mundo, revela que não há fé e moral que resista a um jogo politico. Eleito pelo partido Democrata, Obama assumiu a presidência com o aval de eleitorado cristão que comemorou sua vitória, acreditando na predominância de uma certa ordem moral baseada nos princípios Bíblicos. Decepção.
Depois de aprovar e financiar leis a favor do aborto, Obama está engajado em uma politica de revogar leis anteriores que admitiam casamento apenas entre heterossexuais. É o caso da "Lei de Defesa do Casamento", assinada pelo presidente Bill Clinton em 1996, que diz :
- Cada estado tem autonomia para negar qualquer relação de casamento, como entre pessoas do mesmo sexo, que foi reconhecido em outro estado.
- Lei Federal: Casamento é "uma união legal entre um homem e uma mulher como marido e mulher" e define cônjuge como "uma pessoa do sexo oposto que é um marido ou uma esposa."
A decisão de Obama em apoiar casamento entre pessoas do mesmo sexo, também põe em conflito o decreto chamado "Não Pergunte, não diga". Esse decreto diz que qualquer cidadão homossexual pode servir nas forças armadas dos Estados Unidos, desde que não confesse publicamente sua opção sexual. Desde que "Não pergunte, não diga" entrou em vigor nos Estados Unidos, mais de 10.000 homens e mulheres foram dispensados por serem gays ou lésbicas.
Certamente, não é da Bíblia que está saindo a inspiração de governo de Obama. Ele se baseia no eleitorado e se apoia nos conclaves políticos que lhe garantam votos para uma possível reeleição. Pesquisas divulgadas recentemente, após a declaração de Obama, indicam que sua popularidade não foi afetada entre os jovens com idade entre 18 e 29 anos. Já entre os americanos com idade acima de 65 anos, a popularidade de Obama está em declínio.
Em um pais reconhecidamente conservador em relação a família, a decisão de Obama sobre legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, cai como uma bomba! Seria a total perda de referência de um modelo cristão que preserva os valores éticos e morais em uma sociedade que debanda para liberalismo corrompido.
Obama, parece ter bebido na fonte de Maquiavel, filosofo e politico inglês que com sua celebre obra "O Príncipe" inaugurou a separação entre ética, moral e a politica:
"Todos concordam que é muito louvável um príncipe respeitar a sua palavra e viver com integridade, sem astúcias nem embustes. Contudo, a experiência do nosso tempo mostra-nos que se tornaram grandes príncipes os que não deram muita importância à fé e que souberam cativar, pela manhã, o espírito dos homens e, no fim, ultrapassar aqueles que se basearam na lealdade. “
Para Maquiavel a politica era uma única coisa: conquistar e manter o poder e a autoridade. Todo o resto: religião, moral etc que era associado à politica nada tinha a ver com esse aspecto fundamental. Salvo os casos em que a moral e a religião ajudassem à conquista e à manutenção do poder. A única coisa que verdadeiramente interessa é ser calculista; o politico bem sucedido sabe o que fazer ou o que dizer para se manter no poder. O fim sempre justifica os meios, ainda que esses meios sejam inescrupulosos. Tudo se justifica em nome do poder!
Oração de eleitor: Livrai-nos Senhor dos Maquiavélicos de todos os tempos! Levanta homens dispostos a agirem de acordo com a fé e a Tua Palavra, que não se vendem aos fascínios da riqueza e do poder. E que nós, quanto eleitores saibamos eleger os que não negociam a moral e a ética. O mundo está se tornando um lugar cada vez mais corrupto, mas ainda acreditamos que há homens de bem. Ergue a estes, dos Maquiavélicos, livra-nos Senhor!
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