Wilma Rejane
“ E o mundo passa, e os seus prazeres, mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para sempre” I João 2:17
A fama é algo cruel e citando Richard Rorty : “crueldade é a pior coisa que podemos praticar”. Ser cruel com o outro é como ser consigo mesmo, e essa ato que resulta em infelicidade é o retrato da transgressão do maior mandamento do Reino dos céus: “ Amar a Deus sob todas as coisas e com todas as nossas forças e ao próximo como a ti mesmo” Mc 12: 31,31. Quando descumprimos esse ensinamento, a sentença é igualmente cruel , o juiz? Nós mesmos, a vida com todas as mazelas.
Esse foi o primeiro pensamento que me veio à mente ao ver as manchetes sobre a morte da jovem cantora Whitney Elisabeth Houston. A mesma fama que a exaltou foi a que a conduziu ao declínio. Se cada um de nós tem a liberdade para escolher entre bem e mal, Whitney se fez refém de suas escolhas e de modo cruel, trágico, já não respondia por si: era dependente química. Esse mal terrível que se apodera do ser transtornando a felicidade em vazio, em abismo de boca bem larga sempre pronto a ser alimentado pelo objeto de seus desejos: a droga.
Whitney , a exemplo de tantas outras cantoras consagradas pela fama mundial, começou sua carreira de forma modesta, cantando musica gospel. Suas tias eram cantoras de Soul gospel, ritmo predominante entre os protestantes americanos de cor negra. Whitney, portanto, recebera o dom de cantar como herança de Deus e das mulheres da família. E assim, aos 11 anos de idade, a pequena e talentosa cantora, troca as apresentações nos púlpitos das igrejas pelo palco das boates em apresentações noturnas. À primeira vista, e em uma analise impiedosa e radical sobre causa e efeito, essa mudança de direção na vida de Whitney, seria a causa de seu destino tão marcado pela tristeza. Mas, quem sou eu para fazer tal afirmação? Mera espectadora de fatos midiáticos que aparecem e desaparecem como fumaça ao vento ( ou a tempestades).
Whitney quando ainda cantava músicas cristãs |
Cristãos têm por costume medir sucesso e fracasso pelo aspecto espiritual,porque é no espírito que esta a essência do ser e a capacidade de relacionar- se com Deus. O espírito de um homem de fé é mais forte que a mais robusta carne, assim falou Jesus quando se preparava para sua morte, no Getsemani: “vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” Mt 26:41. Uma vida distante de Deus enfraquece espirito e carne, ao invés de dominar-se a vontade , deixa-se dominar por ela. Não estou a dizer que Whitney era essa pessoa carente de relacionamento com Deus, pois não sou possuidora da verdade e a morte já é por demais cruel para caber aqui qualquer outra punição. Contudo, a morte de Whitney me desperta para refletir sobre a vida e seu valor, sobre Deus e o mundo.
Mesmo que a morte e a miséria não me autorizem a julgar, sou livre para expressar a dor e o ressentimento que me invadem a alma, ao constatar os males que afetam a humanidade pelo distanciamento de Deus. Do Deus que enviou Seu Filho Jesus para libertar o homem por completo de toda escravidão , para a vida eterna, amém: “Aquele pois que o Filho libertar, verdadeiramente será livre” Jo 8:36. O homem sem Deus é pequeno e miserável, deslumbrado com “os parques de diversões” do mundo, inclusive com “o circo de horrores” : mente, rouba, se vicia, corrompe-se de todas as formas. Vive com um vazio na alma e busca preenchê-lo com outros vazios. O homem busca a Deus por toda a sua vida, e mesmo que não admita, ele não será feliz a menos que O encontre.
Tomara que a jovem e talentosa cantora Whitney Houston tenha tido um encontro com Deus, ainda que nos seus últimos minutos de vida. Sua trajetória revela que ela tinha um vazio na alma, ainda não preenchido, certa vez afirmou em entrevista a Oprah Winfrey: “ cheguei a usar cocaína todos os dias, mas isso não me deixava feliz”. A saúde debilitada a afastou dos palcos desde meados de 2000 quando se afundou nas drogas. Entre altos e baixos, a cantora que impressionou ao estrelar o filme O Guarda Costas em 1992, fazia suas aparições para os holofotes. Na solidão de seu apartamento, no mistério que nos permeia, se desfaz a vida de alguém que um dia, mesmo na inocência da idade, entoou hinos a Deus.
Em Agosto desse ano estreará o último filme gravado por Houston, ainda inédito: Sparkle do estúdio Sony Picture. Não sei se o estúdio conservará esse título que é traduzido como : brilhar. Whitney brilhou , mas sua luz apagou como a nos dizer que a fama é mesmo cruel, não foi capaz de lhe devolver a vida enquanto vivia, nem de salvá-la da morte. Livrai-nos Senhor de almejar o brilho do mundo e viver em trevas.
4 comentários:
é mesmo mana. Há quem busque o brilho do mundo e vive nas trevas.Jesus é a luz que veio ao mundo e a todos ilumina.
Ando dodoia mana, quando lembrar de mim ore por minha saúde. Beijos, te amo em Jesus Cristo
Olá maninha,
“Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” Colossenses 1:13, Jesus é Esse que resgata o homem da escuridão e o aquece com Seu amor. Ele é o colo mais confortável que alguém pode ter, e o melhor: Está disponível a todo que O busca e crê. É maravilhoso, não é mesmo mana?
Vou orar por você sim,
Grande e afetuoso abraço Nayara.
Deus a abençoe.
Olá Wilma
Gostei do seu blog. Devemos escolher aquilo que agrada a Deus e com certeza a trajetória da vida será vitoriosa. Tenha um dia abençoado.
Olá Lucinalva,
Obrigada amada irmã. Andar com Deus é o que há de melhor nessa vida.
Deus a abençoe,
Ô: por todos os seus dias, grande e afetuoso abraço!
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