VINACC 2012 - Análise e Avaliação do Evento
Participar da VINACC era um desejo que eu acalentava desde que fiquei conhecendo o evento. Mas, por fatores alheios a minha vontade, nunca tinha tido a possibilidade de fazê-lo. Mas, este ano, Deus me abriu as portas e pude conhecer de perto o evento, e não ficar apenas no "ouvir falar". A forma como Ele providenciou para que fôssemos à VINACC também nos mostrou que estávamos dentro de Sua vontade para nós.
Eu já participei de outros eventos de porte, embora localizados, como por exemplo a UMADECRE (em Cuiabá/MT) e a UMADEB (em Brasília/DF), então tenho algum parâmetro de comparação de grandes eventos, com programação variada e extensa. Coincidentemente, todos esses eventos ocorrem em paralelo, ou seja, na época do Carnaval, então é virtualmente impossível você participar dos três em um mesmo ano.
Dito isso, é importante esclarecer o seguinte: não vou comparar os eventos, mesmo porque seria injusto e incoerente, já que os objetivos, públicos e propostas são diferentes entre si. Mencionei-os apenas a título de comparação de TAMANHO e ALCANCE DE PÚBLICO PRESENTE, que fique claro aos leitores. Agora, para os leitores antigos de meus posts do blog Desafiando Limites, que já me conhecem, pela qualidade dos textos quantidade de palavras que escrevo (risos), se você não tiver paciência para ler até o fim vou resumir: vale a pena participar da VINACC? Sim.
Ué, está reclamando de quê? Você não queria que eu fosse direto ao ponto? Então, mais direto que isso, impossível né! Viu Wilma, as pessoas (ou melhor, as Wilmas Rejanes da vida... risos) dizem que escrevo muito (de quantidade), e com razão, mas quando eu escrevo pouco, reclamam... Oxente! Ok, ok, vou dar a mão à palmatória: eu não sei escrever pouco, porque quando eu escrevo pouco, escrevo pouco e ruim. Oh, vida, oh azar...
Então, para os leitores que ainda não me abandonaram (alguém, please?) e que o "SIM" não satisfez, vamos a algumas considerações sobre minha participação na VINACC, sobre o porquê de ter valido a pena participar desse grandioso evento, bem como algumas críticas construtivas que, espero, possam servir de base para melhorias por parte da organização, de modo que a 15ª VINACC, em 2013, possa ser melhor do que a de 2012 e que, se Deus permitir, quero estar lá.
Por que valeu a pena participar da 14ª VINACC?
Primeiro motivo: Conheci novas pessoas, fiz novas amizades e até mesmo conheci a aprazível cidade de Campina Grande/PB. Infelizmente, quase fui assaltado (um pouco de falta de vigilância de minha parte) na calçada da casa em que estava hospedado, mas Deus me guardou. Embora não seja a razão mais importante para ter participado da VINACC, sempre considero agradável conhecer pessoas novas, ainda mais se forem agradáveis de se conhecer. Hum... quando digo pessoas novas não quer dizer que eu não goste de conhecer pessoas velhas, ok? risos
Segundo motivo: A impressão que eu tive da organização do evento em si, da coordenação da programação, dedicação e abnegação dos voluntários, da qualidade das palestras e capacidade dos palestrantes, além da grandiosidade da infra-estrutura foi muito boa. De verdade. Qualquer pessoa que for pela primeira vez na VINACC vai ficar bem-bem (muito & positivamente) impressionado.
Terceiro motivo: A participação na Ceia da Unidade, quando os crentes das várias denominações presentes (presbiterianos, batistas, congregacionais, assembleianos, etc.) se reuniram para tomar a ceia do Senhor conjuntamente. Foi um momento especial e marcante, capaz de nos dar um vislumbre da Igreja que vai subir (no linguajar arrebatês... risos). A VINACC me proporcionou isso: participar de um verdadeiro culto onde estava presente o Corpo de Cristo, formado de pessoas de todos os povos, raças, tribos, línguas e nações.
Quarto motivo: A qualidade do binômio Palestras & Palestrantes merece um tópico à parte, mas para não deixar o post ainda maior, vou tecer breves considerações sobre o que me chamou atenção.
- as palestras sobre Apostasia foram muito boas. Embora eu seja dispensacionalista (eu tinha de ter um defeito, né? não se desespere, porque eu tenho outros guardados na manga... rá!), e a linha predominante seja um pouco diferente da pré-milenista, os pontos discutidos foram muito interessantes. Os palestrantes eram do gabarito de Augustus Nicodemus e Mauro Meister (O Tempo, O Mores), Dr. Russel Shedd (dispensa apresentações), Professores Uziel Santana e Norma Braga.
- tive a honra de participar das palestras sobre Apologética, sob a batuta do Dr. Norman Geisler (que também falou na de Apostasia). Se você não sabe quem é o dr. Norman, talvez conheça um de seus alunos: Ravi Zacharias ou William Lane Craig (ouch!). Pessoalmente, ouvir sua fala mansa, porém convicta, acerca da confiabilidade da mensagem do cristianismo foi revificador. Exposições de alto nível intelectual e filosófico.
- as palestras com o prof. Adauto Lourenço, sobre Fé & Ciência (cosmovisão), além de temas palpitantes sobre o Criacionismo (científico e bíblico) também foram muito proveitosas, em parte porque ele tem uma presença de palco e de espírito fantástica: era impossível ficar alheio quando ele soltava uma tirada engraçada! O que mais me chamou a atenção foi que o teatro ficava lotado ANTES de a palestra começar! Somente consegui ficar sentado no primeiro dia! Sentado no chão, frise-se... Quase metade da platéia era composta de jovens e adolescentes, e alguns professores de ciências também.
- minha esposa participou do I Encontro de Mulheres para um Consciência Cristã e saiu das palestras ma-ra-vi-lha-da! O engraçado é que eu tive que quase brigar com ela para que ela participasse do evento (estilo "você vai. Você vai! VOCÊ VAI!"). As palestras todas foram boas, mas ela ficou muito impressionada com a dra. Joyce Clayton (um amor de pessoa) e a esposa do pr. Euder (irmã Janeide, pense numa baixinha arretada!), que lançou o livro A Mulher e o Padrão Bíblico da feminilidade. Eram esperadas 300 mulheres, no máximo, mas su-per-lo-tou e tiveram que colocar mais cadeiras no auditório! Foi 10! (palavras de minha esposa)
Quinto motivo: Conseguimos falar com o pr. Euder (presidente da VINACC: pense numa pessoa dinâmica, elétrica, que não para) para entabular uma conversa inicial e aventar a possibilidade de realizar o I Encontro Nacional de Blogueiros Evangélicos dentro da programação da 15ª VINACC. Eu e os demais editores da UBE (Eliseu, Luís, Valmir e Wilma. Menos a Cíntia, que está no Canadá, ops! no Japão... risos, vai ficar só orando e torcendo) estamos incumbidos de formatar um esboço (pré-projeto) desse I Encontro e encaminhar, nos próximos dias, ao pr. Euder para analisar a viabilidade da proposta.
Para possibilitar esse Encontro Nacional, estamos avaliando a viabilidade de promover pequenos Encontros Regionais que nos darão as pistas das coisas que funcionam e das que não funcionam (o que devemos fazer e o que devemos evitar), para termos uma prévia do que esperar no Nacional. Peço que orem por nós, e que Deus nos dê sabedoria para transformar essa idéia em realidade.
O que falhou ou o que pode ser melhorado na 15ª VINACC?
Bem, falei dos acertos (que foram muitos), mas não poderia deixar de falar dos erros, que não foram muitos (em minha opinião, claro), mas que aconteceram. Todavia, diferentemente de alguns, minha crítica será construtiva e não um mero pretexto para alavancar a audiência do blog, em parte porque meu blog nem audiência tem (audiência, o que é isso? risos). Acho que meu blog atendeu um chamado parecido com Atos 1.8 (tereis testemunhas) ou levou muito a sério quando Jesus falou que onde estivessem 2 ou 3, ali estaria Ele. É... talvez meu blog seja meio messiânico mesmo: onde estiverem 2 ou 3 leitores, ali estará meu blog também... oh vida...
Bem, as coisas que tenho a criticar são: a ênfase nos pedidos de oferta e o horário de término dos cultos.
Sobre a insistência nos pedidos de ofertas: eu não me sinto desconfortável em fazer essa crítica porque eu ofertei (e bem) para o evento. Ofertei em valores (2x), comprei material do evento (2x), participamos de 3 palestras pagas (restritas aos inscritos), ou seja, não estou criticando por criticar. Ouvi de alguém saindo do evento a seguinte frase: "eles criticam tanto as igrejas neopentecostais que pedem dinheiro, e depois fazem a mesma coisa". Não é verdade. Essas igrejas não pedem, elas constrangem, coagem e oferecem uma barganha: dê uma oferta para nós que Deus vai te abençoar.
Outra diferença importante: as igrejas que pregam a famigerada teologia da prosperidade oferecem algo ilusório e futuro, em troca de uma oferta imediata, não raras vezes sacrificial (extorsiva, abusiva). Já a VINACC estava tentando levantar fundos para algo que já havia ocorrido. Todos viam a tenda montada e usufruíram das palestras e cultos. Além disso, ficamos sabendo quanto custou para montar toda aquela estrutura. O pedido era justificado: saldar as dívidas da 14ª VINACC. A forma como foi feito talvez mereça reparos, em minha opinião.
E disso eu tiro 2 lições: a igreja, se de um lado, fica desconfiada em doar generosamente por conta dos estelionatários da fé, também acaba fechando a mão aos pedidos justos. Segundo: a igreja não pode depender do poder público para viabilizar seus eventos, pois quando eles falham, o evento fica comprometido. Aqui cabe uma crítica à própria igreja, que precisa aprender a investir mais e melhor no que é digno de se investir. Quem sabe se fosse um charlatão da prosperidade lá na frente, chorando por dinheiro, prometendo mundos e fundos, um bocado de néscios iria lá dar "seu tudo", em troca de retribuições divinas... #triste
A VINACC precisa ser criativa e descobrir outras formas de viabilizar o evento, preferencialmente ANTES de o evento ter início, porque querer pagar as contas com as ofertas tiradas no evento já se viu que não funciona. É preciso também repensar a forma como se pede, ou variar as pessoas que pedem, criar novas formas de contribuição, não sei... estou apenas elucubrando, não sei a resposta para essa difícil questão.
Sobre o horário de término dos cultos: a Ceia da Unidade terminou quase 23h! Não que eu esteja arrependido em ter participado ou ficado até o fim, mas vários irmãos saíram antes de a Ceia começar e não puderam desfrutar da mesma bênção que eu (a Ceia teve início bem depois das 22h). Pessoas que moram distante, que dependem de transporte público, que têm crianças pequenas, etc., todas essas são prejudicadas por cultos que ultrapassam o horário das 22h. Isso não é bom. Para ninguém: nem para quem vai ao culto, nem para quem organiza o culto, nem para quem prega no culto, enfim...
E uma boa parte dessa culpa reside no tempo gasto com pedidos de ofertas, sendo que alguns duraram 30 a 40 minutos ou mais. Percebe que as 2 coisas estão meio que interligadas? Atacando uma causa, pode-se debelar (em parte, claro, pois não quero ser ingênuo) a outra. Apesar de estarmos em pleno feriado de carnaval quando da realização da VINACC, também não precisamos esticar a corda até ao ponto de quase arrebentar, não é mesmo?
Bem, já falei demais, agora que tal um pouco de fotos do evento?
Dr. Norman Geisler, no Seminário de Apologética
Palestra sobre Ciência e Fé, com o prof. Adauto Lourenço
Outra visão (superior) da palestra do prof. Adauto
que privilégio sentar ao lado desse homem de Deus!
Palestra sobre Apostasia e Nova Ordem Mundial
Explorando as raízes da apostasia, com dr. Augustus Nicodemus
Tenda da VINACC - visão do púlpito
Tenda da VINACC - visão de frente para o púlpito
Vista externa da Tenda
Palestra para mulheres - drª Joyce Clayton
Um dos participantes do evento (rá!)
E você, foi também à VINACC? Gostou? Pretende ir no ano que vem?
E se fizermos o I Encontro Nacional de Blogueiros Evangélicos, você pretende participar? Que sugestões você teria para nos dar?
Postou wally, cabra macho arretado nordestino, do blog Desafiando Limites!
"Não desista de seus sonhos"
Tudo posso naquele que me fortalece - Fp 4.13
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