A Força de Superação do Japão

 Por todo o contexto atual, em que o mundo perplexo assiste ao declínio de cidades japonesas, totalmente “varridas” pela fúria das águas, fiquei a meditar na capacidade que tem aquele país de superar catástrofes. O Japão é assim como um pássaro Fênix, que renasce das cinzas para alçar voos cada vez mais altos.  As letras que compõem o nome do país originalmente dão o significado de “Terra do Sol Nascente”, em sua bandeira, um sol vermelho contrasta com o fundo branco, Japão nasce, renasce, se esconde e reaparece.

Essa não é a primeira vez que o País sofre as conseqüências de um desastre natural:

1730 - Terremoto- 137.000 mortos

1826 - Tsunami- 27.000 mortos

1923 -Yokahama, Tóquio - Terremoto- 143 mil mortos.

1933- Sanriku - terremoto- 3 mil mortos

1944- Tonankai - Terremoto- 1,2 mil mortos

1946- Nankaido - Terremoto -1,3 mil mortos

1958- Tufão - 5 mil mortos

1995- Kobe – Terremoto- 5,5 mil mortos

2011- Tsunami - 6 mil mortos (até o momento)

Fonte: Veja on- line Desastres Naturais

Além de todo esse histórico o País atravessou uma fase de extrema pobreza na segunda guerra mundial, quando perde a guerra para os Estados Unidos que de forma cruel, bombardeia as cidades de Hiroshima e Nagasaki.

"A bomba atômica "Little Boy" caiu sobre Hiroshima numa segunda-feira. Três dias depois, no dia 9, a "Fat Man" caiu sobre Nagasaki. Historicamente, estes são até agora os únicos ataques onde se utilizaram bombas nucleares. As estimativas do primeiro massacre por armas de destruição maciça sobre uma população civil apontam para um número total de mortos a variar entre 140 mil em Hiroshima e 80 mil em Nagasaki. As explosões nucleares, a destruição das duas cidades e as centenas de milhares de mortos em poucos segundos levaram o Império do Japão à rendição incondicional em 15 de agosto de 1945."

Educação no Japão

Muito se comenta na imprensa atual a forma dos japoneses encararem as dificuldades advindas do Tsunami: “Não vemos pessoas desesperadas, nem saqueando alimentos, roupas, ou coisas parecidas, mesmo diante do caos, os japoneses se mantêm organizados.” Jornalista  Carlos Nascimento. Essa cultura de bons modos, talvez se deva ao fator educação.

A educação japonesa (8ª no ranking mundial) foi um dos elementos responsáveis por reerguer o País, pós-segunda guerra. A qualidade do sistema educacional permitiu aos jovens japoneses participarem de programas de pós-graduação e criarem um vasto e forte mercado de trabalho. A indústria precisava de soluções inovadoras para o mercado falido. Os jovens estudantes representavam a solução através da capacitação diferenciada, assim, surge uma nova geração, capaz de impulsionar o mercado.

Produção e Disciplina

Meu objetivo ao fazer esse “passeio” pela história do Japão não é de enfatizar o contexto religioso e político da nação, mas o de despertar o leitor para a força e determinação que têm os japoneses no aspecto de reconstrução e superação. Determinação e disciplina são marcas da sociedade japonesa, que exige de seus cidadãos dedicação ao trabalho, escola e  família. Produção e ética são metas comuns no cotidiano do japonês, isso acaba por elevar os índices de suicídio do País (primeiro no ranking mundial), as cobranças externas e internas do acelerado ritmo de capital japonês causam estresse e insatisfação. Eis os aspectos negativos da questão.

 

Sakura é a árvore símbolo do Japão tem o significado de florescer

Sakura Para o Japão

Certamente a nação se recuperará dessa última catástrofe. De meus lábios sai a lembrança do versículo do livro do profeta Oséias 6:1: “Vinde, e tornemos para o Senhor, porque Ele despedaçou e nos sarará, fez a ferida e a ligará”. Que nesse momento, a dor e desolação dos japoneses sejam convertidas em riso pela misericórdia do Senhor que tem o maravilhoso dom de “reedificar a cidade sobre o seu montão” Jr 30:18. Que o sol ilustrado na bandeira do Japão volte a iluminar as cidades povoadas de corações contritos e gratos pelo novo dia e que pelas asas da Fênix gigante mais uma vez os japoneses nos ensinem que é possível ressurgir das cinzas.

Wilma Rejane

Fontes como links no artigo.