Haiti - Morre Zilda Arns




O terremoto no Haiti ceifou muitas vidas, entre as vitímas, a brasileira Zilda Arns. Uma mulher de fibra, serena ao se expressar e com um coração grandioso. Até sua morte na terça feira última (12), Zilda coordenava cerca de 155 mil voluntários, presentes em mais de 32 mil comunidades em bolsões de pobreza em mais de 3.500 cidades brasileiras. Como criadora e coordenadora da Pastoral da Criança Zilda realizou um importante trabalho de redução da mortalidade infantil.

Um trabaho que serviu de modelo para vários países, como Angola, Moçambique, Guiné-Bissau; Timor Leste, Filipinas, Paraguai, Peru, Bolívia, Venezuela, Argentina, Chile, Colômbia, Uruguai, Equador e México. Em algumas dessas nações a própria médica ministrou cursos sobre como estruturar as ações. Zilda também era coordenadora e fundadora da Pastoral da Pessoa Idosa, organismo que, assim como a Pastoral da Criança, é ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Segundo o gabinete do senador Flávio Arns, Zilda estava acompanhada de um membro do Exército brasileiro – que não foi identificado – e teria morrido imediatamente. A Pastoral da Criança informou que a médica estava no Haiti em uma missão da organização, participando de encontros com religiosos haitianos. Ela havia chegado ao país no último dia 10 e retornaria ao Brasil na próxima sexta-feira. Nascida em Forquilhinha, Santa Catarina, Zilda tinha 75 anos e morava em Curitiba (PR). Ela deixa cinco filhos e dez netos.


Casas totalmente destruídas pelo terremoto.

O presidente do Haiti, René Préval, declarou que o país já enterrou mais de 7 mil corpos em valas comuns: “Nas últimas horas, nós enterramos 7 mil haitianos e o governo está pedindo por equipamentos de remoção de terra para limpar os escombros”. O diretor do principal hospital de Porto Príncipe, Guy La Roche, afirmou que, além da falta de leitos e remédios, a maioria dos médicos estão desaparecidos e outros cuidam de suas famílias, afetadas pelo terremoto:“Tudo está errado agora. Nós não temos nada, nada. Antes nós tínhamos 150 médicos no hospital, mas agora não temos 20. Não temos nem 20 médicos agora”, disse ele.

Segundo o correspondente da BBC em Porto Príncipe Mathew Price “muitas vozes que antes eram ouvidas dos sobreviventes nos escombros, estão se calando”.




Corpos nas ruas do Haiti.

Oremos pelo Haiti, por ajuda humanitária, para que o governo do País tenha sabedoria na direção dos trabalhos de resgate e assistência, para que os demais países sejam solidários, por consolo aos famíliares das vitímas.

Fontes: noticias.uol
BBC Brasil

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