Foi a pergunta que me fiz ao escutar a decisão do STF, sobre os jornalistas: "Cai exigibilidade de diploma para jornalistas". Poderia ter ficado feliz, porque meu registro de jornalista me foi concedido através do Decreto-Lei nº 972, de 17 de Outubro de 1969, o mesmo decreto usado pelo STF para desobrigatoriedade do diploma. Porém, na época em que me beneficiei da lei, trabalhava em uma Tv no interior do Piauí. Única emissora na cidade. Não havia sequer curso universitário para jornalismo, nem mesmo de capacitação nas proximidades.
Tudo que aprendíamos era na prática, no campo. Eu cursava Ciências Contábeis na UFPI, e trabalhava no auto atendimento do Banco do Brasil. O que entendia da área? Nada. Apenas mantinha uma coluna semanal no jornal Norte do Piauí. Por isso, fui "recrutada" para a Tv. Logo percebi que da escrita para a prática, havia uma grande distância. E apesar dos quatro anos de experiência, ainda não dominava todas as técnicas necessárias para o trabalho televisivo. O que prova, a Universidade é essencial. No quinto período de uma Faculdade de Jornalismo, o aluno, através de estágios, ou mesmo de aulas laboratoriais já se familiariza com os equipamentos da imprensa escrita e falada.
Tudo que aprendíamos era na prática, no campo. Eu cursava Ciências Contábeis na UFPI, e trabalhava no auto atendimento do Banco do Brasil. O que entendia da área? Nada. Apenas mantinha uma coluna semanal no jornal Norte do Piauí. Por isso, fui "recrutada" para a Tv. Logo percebi que da escrita para a prática, havia uma grande distância. E apesar dos quatro anos de experiência, ainda não dominava todas as técnicas necessárias para o trabalho televisivo. O que prova, a Universidade é essencial. No quinto período de uma Faculdade de Jornalismo, o aluno, através de estágios, ou mesmo de aulas laboratoriais já se familiariza com os equipamentos da imprensa escrita e falada.
Nove anos se passaram. Naquela cidade, chegaram outros canais e hoje, a prioridade é pelos diplomados, formados em uma universidade. Esse é o curso natural do progresso, da evolução: A capacitação profissional e a exigência de um diploma de curso superior. O que o STF fez foi retrocesso. Para a OAB, um erro.
"A independência e a qualidade necessárias ao correto trabalho jornalístico são "obtidas somente com diploma e com o registro no Ministério do Trabalho. O primeiro garante a qualidade técnica e o segundo, a qualidade ética". (Cézar Brito, presidente nacional da OAB).
Houve um tempo em que as parteiras, eram bem solicitadas. Pré natal? Só nas grandes cidades. Hoje, as mulheres estão mais informadas. São bem acompanhadas na gravidez e escolhem ter seus filhos nas maternidades, onde há profissionais e aparelhos necessários para toda e qualquer eventualidade. O diploma, ajuda na valorização do profissional, na excelência do serviço e no progresso da nação.
Houve um tempo em que as parteiras, eram bem solicitadas. Pré natal? Só nas grandes cidades. Hoje, as mulheres estão mais informadas. São bem acompanhadas na gravidez e escolhem ter seus filhos nas maternidades, onde há profissionais e aparelhos necessários para toda e qualquer eventualidade. O diploma, ajuda na valorização do profissional, na excelência do serviço e no progresso da nação.
Meu filho mais novo, Filipi, está no quinto bloco de jornalismo, na UFPI. Seu desanimo com a notícia foi de cortar o coração. Cheio de perspectivas, viu seus sonhos, desmoronarem:" Qualquer um vai poder exercer a profissão, quanto mais manipulável, mais espaço para trabalhar". Em um País em que políticos mandam e desmandam, como discordar? A reação de meu filho, foi a mesma de milhares de jovens que batalham por um diploma, na certeza de um futuro melhor.
"Pelos corredores da universidade, alunos e professores se olhavam num misto de consternação, receio e certa vergonha. Claro que sempre houve a possibilidade de uma decisão como aquela, na medida em que o assunto seria julgado, mas pelo jeito, não era o que se esperava. Um silêncio cúmplice pairava, e o ar frio e pesado da noite envolvia a todos, como numa espécie de transe, transe de velório." ( Jornalista Rogério Christofoletti, professor doutor da Universidade do Vale do Itajaí).
"Transe de velório", isso mesmo. Morre o bom senso, a democracia, morre a valorização de uma classe que foi até comparada a "cozinheiros". Antes, existia uma justa seleção, feita através do diploma, dos cursos de especialização, e agora? Qual será o critério? Quais seriam os interesses escondidos na manta suja dos tribunais desse país? O que se esperar de um tribunal que libera banqueiros corruptos? Que se nega a investigar contas secretas do Sr. Paulo Maluf? O que esperar de uma "justiça" que acoberta "menores" infratores e aprisiona cidadãos?
Pela "Liberdade de expressão". Argumento usado pelo STF, para beneficiar os não diplomados. Sim, liberdade de expressão faz parte do jornalismo, mas não é jornalismo em si. Caso contrário, todo blogueiro, seria jornalista. Escritor, seria jornalista, e por ai vai...
Registro aqui, minha indignação com a decisão do STF, tornando minhas, as palavras do Salmista:"Pereceria sem dúvida, se não cresse que veria a bondade do Senhor na terra dos viventes" Sl 27:13
O que posso dizer a meu filho e a todos os estudantes de Jornalismo? Não desistam! Sempre, haverá lugar, para os que crêm e lutam por um mundo melhor.
As Fotos, são de um protesto, realizado por estudantes de jornalismo, dia 22 de junho,em Teresina , na principal avenida da cidade (Frei Serafim). Representantes do Sindicato dos Jornalistas, politicos e comunicadores estiveram presentes.
Fontes:noticias.terra.com
www.unigran.br
Um comentário:
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laura pinheiro
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