Para a família e os amigos, foi a "providência divina" que salvou João Marcelo Martins Calaça. Para ele, foi apenas uma coincidência o fato de seu passaporte ter vencido - o que o impediu de embarcar no voo AF 447. Calaça, um analista judiciário de 37 anos, só percebeu que não poderia viajar duas horas e meia antes do horário de embarque, ao checar a validade do documento. Telefonou para o agente de viagem, que confirmou que o passeio pela Europa teria mesmo de ser adiado. Nesta segunda-feira (01), ao acordar, seu telefone celular indicava 25 chamadas perdidas. Eram os amigos, desesperados por notícias.
"Foi um erro bobo que salvou minha vida e a do meu amigo, que viajaria comigo. É estranho falar isso agora, mas eu não estava com uma boa intuição".
O professor Claude Jaffio, conhecido endocrinologista, e sua mulher, Amina, afirmaram ter "movido céus e terras" para embarcar no voo. "É milagroso, devíamos estar no avião", disse à Agência France Presse o médico, que ficou em terra, no Rio, porque o voo estava lotado. "Estávamos em Brasília e decidimos encurtar a nossa estadia e voltar para Montpellier". Amina disse: "Tivemos uma sorte incrível. Retroativamente, sentimos medo e nossos pensamentos estão com todos os que estavam no avião". Amina disse que sentirá "apreensão" no futuro, toda vez que entrar num avião.
O engenheiro Paulo Corrêa também escapou de embarcar no voo 447. Ele tentou, mas não conseguiu uma vaga na aeronave. Paulo segue hoje para passar duas semanas em Paris. "Estou tranquilo", disse. "Estatisticamente, este voo é muito mais seguro".
Um nadador paraolímpico pernambucano por pouco não embarcou no voo da Air France que desapareceu na madrugada desta segunda-feira no oceano Atlântico. Segundo Francisco de Assis do Nascimento Diego, 24 anos, irmão do atleta, ele teria passagem comprada para o voo mas não conseguiu embarcar por causa de uma forte dor no ouvido. “Ele saiu de Recife e ao pousar ficou com o ouvido doendo muito e se consultou com o médico do aeroporto. Este, recomendou que ele não embarcasse no voo da Air France e ele acabou remarcando a viagem e ficando em um hotel do Rio de Janeiro”.
“Ele iria pegar um voo do Rio de Janeiro para Paris às 19h, de onde iria fazer uma conexão para Sidney, na Austrália. Somente no final da tarde de hoje que minha mãe falou com ele. Antes disso, a última vez que tivemos contato com ele foi às 15h de ontem quando ele confirmou que o voo ia ser da Air France”, afirmou o irmão do nadador.
Fontes:Pernambuco.com
Jornal Cruzeiro do Sul
Revista época
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