Acalmando Tempestades

Os discípulos estavam em alto mar, em meio a uma tempestade. Altas e violentas ondas, açoitavam o barco. O desespero fez com que os navegantes, despertassem Jesus: "Mestre, não se te dá que pereçamos"Mc 4:38. Jesus, dormia em uma almofada, bem na popa.Para os discípulos, a atitude de Jesus, representava descaso:"Vamos morrer e não vais fazer nada? Não te importas conosco? Atribulados, os companheiros de Jesus, não demonstraram fé. Só olhavam para o revolto mar e o sofrimento.

Havia outros barquinhos:"E havia também, com Ele, outros barquinhos" Mc 4:36. Outras pessoas, estavam sendo afligidas pela tempestade. Barquinhos que partiram, juntamente com Jesus, de uma margem à outra.

Aprendendo com a tempestade: Quantos de nós nos assemelhamos aos discípulos quando estamos atribulados? Achando que Deus nos abandonou, que não se importa conosco e ainda: Sequer conseguimos enxergar que existem "outros barquinhos". Outras pessoas que atravessam problemas semelhantes aos nossos e até bem piores. Tudo que vemos é : "água no barco, embarcação afundando, altas ondas e ventos impetuosos".

As ondas do mar: Nossa vida é assim. Como aquele mar da Galiléia. Ora os apóstolos passavam de uma margem a outra, pacificamente. Ora, turbulentamente. Ora Pedro caminhava sobre as àguas, ora afundava. Quando Pedro afundou? "Quando sentiu o vento forte" Mc 14:30. Deixou de olhar para Jesus, que estava de braços abertos a lhe esperar.

Louvor em meio a tempestade: O exemplo de Paulo e Silas, entoando hinos na prisão, é poderoso para todo cristão (At 16:25). O que se viu, "no meio da tempestade" que enfrentavam, foi milagre. Milagre para eles e para "os outros barquinhos". Todos os presos, tiveram o cárcere aberto. Ali, houve salvação! Todo o mar se acalma quando Jesus ordena.

Vivendo a tempestade: Minha filha Joyce, hoje está com 2o anos. Quando tinha 18, teve uma intensa febre, no meio da noite. Moravámos no litoral do Piauí (Parnaíba). Já tinhamos medicado antitérmicos, que não faziam efeito. Ela deitou conosco, entre eu e meu esposo, quando começou a tremer. Começamos a orar. Não passava, pelo contrário, começou a ter convulsões. Não havia condições de levá-la ao único hospital de plantão na cidade. Em um impulso, peguei meu cantor cristão que estava na cabeceira da cama, e com fé em Jesus, entoei o hino 328.

"Ó Mestre o mar se revolta, as ondas nos dão pavor; o céu se reveste de trevas, não temos um Salvador? Não se te dá que morramos? podes assim dormir, se a cada momento nos vemos, sim prestes a submergir. As ondas atendem ao meu mandar: Sossegai, sossegai, sossegai...Convosco estou para vos salvar, sim sossegai..." A febre de nossa filha cessou e ela adormeceu enquanto eu repetia: "sossegai, sossegai, sossegai.."

Às vezes, como Pedro, afundo. Quando tudo passa, envergonhada, suplico o perdão, por não perceber que Deus estava no controle, enquanto eu temia. Falta de fé. Olhando para a tempestade.

Ele vive: Jesus, acalma tempestades, apenas com um gesto, uma palavra. Foi Ele quem nos falou: "Estarei convosco, todos os dias, até a consumação dos séculos" ( Mt 28:20). Ele não disse: "Estarei convosco apenas nos dias tranquilos, alegres, MAS, todos os dias, bons e maus. A nós, cabe a tarefa de acreditar sempre, por todos os dias. Amém!

Citações: Bíblia Sagrada: Almeida, J. F. , Edição corrigida e revisada, SBTB.