O que significa lançar o pão sobre as águas?

 

Wilma Rejane

Os mercadores na antiguidade assumiam riscos enormes, investiam em uma carga de trigo e a enviavam através das águas para um porto estrangeiro na esperança de negociar o grãos por pedras preciosas, especiarias e madeira. Se o navio retornasse com tal carga, ela poderia ser vendida, gerando lucro para os mercadores. 

Pequenos agricultores no antigo Egito,  a cada primavera, quando o Rio Nilo transbordava, despejavam sementes de trigo ou cevada na água transbordante. Embora possa parecer uma coisa tola de se fazer, na verdade era muito sensato. A água levaria a semente para o campo e a depositaria.

O agricultor economizava muito tempo e esforço extra ao jogar sementes na água, já os mercadores assumiam grandes riscos uma vez que o navio navegava fora de seu controle e a carga ficaria à mercê do clima com seu capital bloqueado por meses, sem saber quando o empreendimento retornaria com o lucro - se é que daria. 

As sementes de trigo ou cevada era a garantia de abastecimento familiar e lançar as sementes sobre as águas, um gesto de fé. Entre a colheita do ano e a próxima colheita teria quase um ano de intervalo e de todas as sementes colhidas, deveriam ainda separar quantidade considerável pensando no próximo plantio. Os grãos/sementes que estavam guardados para o próximo plantio, nada mais eram que pão. Eram grãos/sementes que poderiam resolver as necessidades básicas familiares.

O sábio escritor então recomenda: “Lança o teu pão sobre as águas porquê depois de muitos dias o acharas”. Eclesiastes 11:1

Para os dias de angústia

 

João Cruzué

Quero dedicar este texto aos leitores que pararam aqui para uma leitura cética. Afinal, que coisa boa poderia sair de um blog de crente? Bom, sou um cristão que passou por 11 anos de desemprego. Casado. Duas filhas. E, que antes desses dias ruins, tinha razoável conforto. Ano, após ano, as coisas foram piorando. Não vão caber neste post as referências a tantas privações que passei, as dores que senti e as palavras que ouvi durante todos aqueles anos. Hoje estou bem. Muitíssimo bem. Olhando para trás, eu também posso dizer que foi o Senhor que "Livrou-me do meu inimigo forte e dos que me aborreciam, pois eram mais poderosos do que eu".

Há quem esteja angustiado enquanto lê este texto, mas há, também, quem esteja muito angustiado; muitíssimo angustiado. Mas para ser colocado em lugares altos, em posição de grande honra, certamente deve estar no vale ou no fundo do poço. Causa e consequência.

Tenho lido testemunhos de pessoas que me escrevem contando sobre coisas terríveis: vida sentimental destroçada, doenças terríveis, solidão, dívidas, ingratidão, desprezo, lares abandonados, filhos nas drogas, males de todos os tipos, formas e tamanhos. Eu também tenho experiência em ouvir as palavras da angústia, os gritos da dor, a fome de justiça e o silêncio da solidão. Mas para muitos de nós isto, na verdade, não acontece com o propósito de nos destruir, senão para nos preparar, nos humilhar, para que um dia o Senhor nos coloque em posição de honra, assentado em lugares altos.

Em tudo dai graças. I Tessalonicenses 5.18.

No Salmo 18 está escrito: O Senhor faz os meus pés como os da corça, e põe-me nas alturas.  O jovem Rei Davi olhou para trás e viu todas as lutas e perseguições que sofreu a partir daquele dia que matou o gigante Golias e como Deus foi bondoso para com ele.

Os cristãos andam por fé. Não andam por vista. Além da dor, da solidão, da depressão, do abandono, da dívida, há um tempo de vitória preparado por Cristo. Você não pode se concentrar apenas nas desgraças, precisa parar um pouco, para pensar e sonhar com aquilo que você precisa. Mude sua forma de pensar; pense que o tempo do fundo do poço vai passar, e quando ele passar, e suas bênçãos chegarem, imagine você olhando para trás e dando graças a Deus.

Sinais do fim dos tempos

 


Wilma Rejane

Nos dias de Ló é uma expressão usada por Jesus para definir a situação humana no fim dos tempos.

Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam ; Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos.  Assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar.” Lucas 17:28-30.

Nos dias de Ló a vida seguia o curso natural e o cotidiano era repleto “de cotidiano”: comer, beber, comprar, vender, tudo era tão necessário e urgente que não havia espaço para Deus. A chuva de enxofre chegou e encontrou em Sodoma e Gomorra, lugar de morada de Ló, homens fazendo coisas iguais ao que faziam todos os dias, e o que parecia ser uma bênção, na verdade, era maldição porque causava acomodação, estagnação espiritual.

O pecado de Sodoma é assim definido por Isaías:

Eis que essa foi à iniquidade de Sodoma, fartura de pão e próspera ociosidade teve elas e suas filhas, mas nunca amparou o pobre e o necessitado”, 16 :49.

E por Ezequiel:

Ora, este foi o pecado de sua irmã Sodoma: Ela e suas filhas eram arrogantes, tinham fartura de comida e viviam despreocupadas; não ajudavam os pobres e os necessitados. Eram altivas e cometeram práticas repugnantes diante de mim. Por isso eu me desfiz delas conforme você viu.” Ezequiel 16:49,50

Desse modo, de acordo com o contexto Bíblico, nos dias de Ló,  a referência era a de uma sociedade corrompida pela gula, luxúria e cobiça. As pessoas haviam se tornado egoístas e insensíveis às necessidades do outro. 

Aqui encontram-se lições indispensáveis: "Prosperidade material nem sempre é indicativo de bênção", nos dias de Ló, foi indicativo de maldição. A bênção da prosperidade consiste em ser ela uma bênção para si e também para o próximo, é quando a gratidão pela provisão de Deus é tão vital quanto o servir ao próximo e este servir não significa dar tudo o que o outro pede, mas o que o outro precisa, assim interpreto. 

É interessante perceber –  isso me chama atenção –  que passados mais de quatro mil anos, milhares de gerações após os dias de Ló, os homens desta época ainda se assemelham aos homens daquela época. Jesus voltará, em um tempo que a ciência estará avançadíssima, a tecnologia terá produzido inventos eficientes e supermodernos, ainda assim haverá homens estagnados em seus cotidianos, fazendo todos os dias as mesmas coisas. O cotidiano estará ainda mais repleto “do cotidiano”.

É triste constatar o semelhante semblante entre a sociedade da era de Ló e a sociedade de hoje. O elo entre passado e presente deixou um rastro contínuo de ações que permanecem geração por geração. A corrida por alimentos, bens, consumo exagerado, luxúria e frieza no amor em relação ao outro. Os sinais da vinda de Cristo vão se cumprindo e sob a cúpula celeste, no âmbito terreno as sociedades se rivalizam em busca de sobrevivência. Nunca existiu tanta oferta de alimentos e ainda assim há fome. Há fome por comida, há fome por salvação da alma, contudo, as prioridades parecem sofrer inversão de valores; luxúria, orgulho, fama, tudo parece ser mais fascinante do que a santidade e o amor a Jesus Cristo.

Um milagre muito maior!

 

Abraão de Almeida

O elefante é o único animal cujas pernas dianteiras se dobram para a frente. Por que? Porque de outra forma seria difícil para esse animal levantar-se, por causa do seu peso. Por que os cavalos, para se erguerem, usam as patas dianteiras, e as vacas, as traseiras? Quem orienta esses animais para que ajam dessa maneira?

Deus. Esse mesmo Deus que coloca um punhado de argila no coração da terra, e, através da ação do fogo transforma-a em formosa ametista de alto valor. Esse mesmo Deus que coloca certa quantidade de carvão nas entranhas do solo e mediante a combinação do fogo e a pressão dos montes e das rochas, transforma esse carvão em resplandecente diamante, que vai fulgurar na coroa dos reis ou no diadema dos poderosos!

Por que o canário nasce aos 14 dias, a galinha aos 21, os patos e gansos aos 28, o ganso silvestre aos 35 e os papagaios e avestruzes aos 42 dias? Por que a diferença entre um período e outro é sempre de sete dias?

Porque o Criador sabe como deve regular a natureza e jamais comete engano. Ele determinou que as ondas do mar se quebrem na praia à razão de 26 por minuto, tanto na calma como na tormenta. Aquele que nos criou pode também nos dirigir. Somente aquele que fez o cérebro e o coração pode guiá-los com êxito para um alvo útil.

A insondável sabedoria divina revela-se ainda nas coisas que poucos notam: A melancia tem número pares de franjas. A laranja possui número par de gomos. A espiga de milho tem número par de fileiras de grãos. O cacho de bananas tem, na última fila, número par de bananas, e cada fila de bananas tem uma a menos que a anterior. Desse modo, se uma fileira tem número par, a seguinte terá número ímpar.

A ciência moderna descobriu que todos os grãos das espigas são em número par, e é admirável que Jesus, ao se referir aos grãos, tenha mencionado exatamente os números: 30, 60, 100 (Marcos 4.8). Pela Sua maravilhosa sabedoria e graça, é assim que o Senhor determina à vida que cumpra os propósitos e os planos Dele. Somente a vida sob o cuidado divino está a salvo de contratempos.

Por que estás desesperada, ó minha alma?



Jeff  Schreve

Por que você está desesperada, ó minha alma?  Salmo 42:11

Minha pessoa favorita do Antigo Testamento é Davi. Ele era muito especial, foi o único homem na Bíblia a ter recebido o maravilhoso apelido de "um homem segundo o coração de Deus". Eu amo a fé de Davi e seu amor pelo Senhor, como evidenciado quando ele enfrentou o gigante blasfemo, Golias de Gate, e o derrotou com um estilingue e um pedaço de pau. Amo sua ternura e graça enquanto ele lidava tão amorosamente com o filho aleijado de Jônatas, Mefibosete. Amo sua honestidade quando ele compartilha as lutas de sua vida em detalhes vívidos ao longo do livro dos Salmos.

Mesmo em meio a grande desânimo, em meio a inimigos ao seu redor, em meio ao rei Saul tentando o seu melhor para matá-lo, Davi se agarrou às promessas de Deus. Ele sabia que tinha sido ungido por Deus para ser o próximo rei de Israel. Embora às vezes essa promessa devesse ter parecido mais um sonho, Davi se agarrou a ela apesar de todos os obstáculos diante dele.

O Salmo 27:13-14 contém dois dos versículos mais encorajadores da Bíblia, nele Davi diz: "Eu teria desesperando se não tivesse acreditado que veria a bondade do Senhor na terra dos viventes. Espere pelo Senhor; seja forte, e que seu coração tome coragem; Sim, espere pelo Senhor." Davi acreditava que veria a bondade de Deus em sua vida, acreditava que veria as grandes promessas de Deus cumpridas em seus dias, e ele viu!

Um passeio no Éden



Wilma Rejane


No principio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia, e havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” Gênesis 1:1-2. A palavra "criou", no original significa bara (Strong 01254) = Formar, modelar, esculpir, recortar.

Deus modelou a criação e Sua obra somente estará definitivamente concluída com a segunda vinda de Jesus Cristo sobre as nuvens, como Rei,  para encerrar as gerações de homens. O tempo da criação está descrito como sendo Sete dias, mas o tempo da restauração está em segredo com o Criador: “Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai.” Marcos 13:32.

A humanidade teve inicio com o primeiro Adão e se encerrará com o segundo e último Adão que é Cristo: “ Pois, da mesma forma que em Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados.” I Cor. 15: 22 e outra vez se escreve: "O primeiro homem, Adão, tornou-se um ser vivente; o último Adão, espírito vivificante.” I Cor.15:45. Um representou a queda da humanidade e o outro a Redenção.

E se Deus tem a conta do primeiro e do último, não teria por conta a mim e a você? Aquele vazio que existia no principio está preenchido também por nós , cada pequeno espaço onde pisa nossos pés existe sobre os cuidados de quem o criou. Detalhe: E Ele criou com a ordem de que teríamos condições de dominar, baseados inclusive na liberdade de pensamentos e escolhas.

“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai.” Gênesis 1:26-28

Ao criar a natureza: animais, plantas, sol, lua, estrelas, vales, montanhas, oceanos, se lê: “E viu Deus que tudo era bom” Gênesis 1:25. Mas ao concluir a criação do homem e da mulher, se lê: “ Deus os abençoou”. Somos abençoados desde o principio, pelos lábios do próprio Criador. Nem mesmo a queda de Adão, o pecado alastrado para a espécie humana pôde cancelar ou anular essa benção.

O que se tornou maldita foi a terra: “ maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. ” Gênesis 3:17

O cálice de mel

 


Wallace Sousa

"Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." João 16:33

Eu não sei o que você está passando, pelo que já passou o pelo que ainda irá passar, mas escrevo isso justamente para que, de algum modo, possa ajudar você que enfrenta lutas, dissabores e angústias, sejam elas inesperadas, programadas ou totalmente imprevisíveis.

Sabe, às vezes nós pensamos que estamos preparados para tudo, mas quando as coisas acontecem e pegam a gente de surpresa, nós nos damos conta de que nada é como pensávamos e tudo é diferente do que nós prevíamos. A vida nos prega peças e, muitas vezes, descobrimos que não estamos preparados quando a circunstância chega de surpresa.

Quando a morte morreu


Wilma Rejane


Esse verso tão pequeno me fez meditar sobre a vida e a morte. Quantas vidas não estão sob essas condições: cortejando cadáveres e carregando pedras? As mulheres que seguiam Jesus foram ao sepulcro levando especiarias e unguentos preparados por elas (Lucas 23:56). Chorosas, saudosas, caminhavam e cogitavam sobre retirar a pedra para ter acesso ao corpo do Amado Senhor. O que não sabiam, era que os planos seriam frustrados: a pedra já estava removida e o sepulcro vazio. 

E acharam a pedra do sepulcro removida. Lucas 24:2

O sepulcro, pode ser comparado a um passado que teima em cativar a mente, o espírito e também o corpo,  impede o fluir dos passos, a renovação do futuro, mas pode ser também sepulcro literal de mortes  jamais superadas.  A vida havia se tornado mais triste após a crucificação de Jesus e nada mais havia para ser feito, a não ser, tornar o luto um pouco mais ameno, frequentando o sepulcro, derramando  lágrimas, ungindo o morto. Penso que todas essas coisas ocorrem com alguns de nós que por lamentarmos tanto o que não temos, acabamos por esquecermos e agradecermos o que temos.

Jesus havia ressuscitado e a etapa da vida era outra: seguir, seguir, porque o sepulcro fazia parte do passado. Até o Senhor Jesus ao levantar da pedra fria que acolheu seu corpo morto, deixou para trás as ataduras, o lenço e o lençol que cobriam Seu corpo. E assim deve ser conosco, porque Jesus vive e em nós! Nossa meta deve atender ao apelo do reino de Deus sobre não olhar para trás, ou melhor, não estacionar no passado, cultuando mortos,  carregando pedras, mas prosseguir amparados na graça que restaura a vida!

Pedra e sepulcro dizem respeito a esperança de que por pior que seja a situação, ela não deve roubar nossa paz, abater nossas forças, nos deixar ansiosos. Vejam, depois de ressuscitar, Jesus caminhou junto a dois discípulos que iam a caminho de Emaús, e eles não reconheceram Jesus, estavam ansiosos, murmurando sobre a vida, valorizando sepulcros, mas quando convidaram Jesus para estar com eles, e pararam um pouco para ouvi-Lo, perceberam que não estavam desamparados, disseram; " Jesus, fica conosco." Lucas 24:29.

Acessos triplicados, obrigada !


Wilma Rejane

Querido leitor, onde você estiver, muito obrigada por acessar nosso blog! Nossa oração é para que sejas muito abençoado em todas as áreas, tendo real conhecimento do amor de Jesus por sua vida e do plano de salvação que nos torna um só corpo, uma só igreja. (Romanos 12:4-8)

Agradecemos ao bom Deus, pois, apesar de tantos outros canais e redes sociais, cá estamos, após 17 anos de trabalho na internet, sendo renovados pela graça e misericórdia, tendo nossas visitas triplicadas nos últimos meses, de forma surpreendente o blog está  sendo lido em muitas nações e o que  parecia difícil, se tornou realidade.

A dificuldade consistia em saber como permanecer nesse universo de internet somente através da escrita, uma vez que o Youtube é atualmente a rede social mais vista e contém inúmeros missionários e pregadores excepcionais com mensagens em áudio e boa imagem e pessoalmente não tenho interesse em investir em vídeos (pelo menos até o momento, não sinto ser a direção de Deus ).

Voltando a sonhar

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Autor: João Crusué


Outro dia, fui caminhar à tarde no intervalo do almoço; como de costume aproveitei para orar. Ao final, tive a visão de escrever uma vez mais sobre como é importante sonhar. É claro que não vou tecer um rol de frases cheias de palavras como: conquistas, vitórias e afins, pois creio que isto cansa, principalmente àqueles que de fato precisam muito de uma bênção – muito esperada - mas que nunca vem. Sei que no Sermão das Bem-aventuranças não está incluso o tema deste texto “Bem-aventurados os que sonham”, mas que ele está implícito em outros contextos do Evangelho, isso está.


Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis;

batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe;

o que busca, encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á”

Mateus 7:7-8.


O sonho não pode morrer. Ele precisa da fé para continuar vivo. E ter fé é teimar em acreditar, mesmo quando não existe a mais remota chance de sucesso. É teimando, insistindo em seus sonhos, que você vai encontrar a porta, vai bater nela, quantas vezes precisar até que consiga realizá-los. O Senhor concede a oportunidade de realizar grandes sonhos apenas para os mais teimosos, os mais insistentes, aqueles que sempre se levantam do pó de uma batalha perdida e continuam até ganhar a guerra. Há vários personagens da Bíblia que travaram batalhas e venceram suas guerras. Vamos citar quatro exemplos.

Abraão não tinha herdeiro. Ele era próspero, tinha um lar, uma esposa, amava e era amado por ela, tinha muitos criados, gado sem conta e o respeito dos vizinhos. Apesar de tudo isso ele tinha uma grande frustração. Faltava-lhe uma coisa, que todos tinham, e ele não – um filho. Quanto ao sonho, se algum dia teve, já o havia sepultado definitivamente. Não havia mais a mínima possibilidade de que Sara e ele, já velhos e secos, tivessem um filho natural. E por isso o Senhor mandou Abraão contar as estrelas do céu para ressuscitar o sonho morto. E um dia, muitos  anos à frente, Isaque encheu de riso o lar de um casal de velhos. Ao ser provado pela última vez, quando Deus pediu que sacrificasse Isaque em holocausto, não titubeou. Se no passado andou vacilando e mentindo, agora esbanjava fidelidade

José teve dois sonhos. O sonho de um molho de trigo que se levantava enquanto os molhos de seus irmãos inclinavam-se diante dele, e o sonho do sol a lua e onze estrelas que também se inclinavam diante dele. Os sonhos eram de Deus e mesmo que José não insistisse sobre o assunto, o Senhor os cumpriu literalmente na sua vida. De filho minado a escravo; de escravo a governador do Egito. José não se embaraçou com mágoas, pois tinha um coração perdoador.