Biografia do Pastor Watchmann Nee para Adolescentes Cristãos


Por João Cruzué


COMENTÁRIO INCIAL: em tempos que ouvimos tantas vozes de sucesso falando de Deus, nada mais oportuno [e contraditório] do que ler esta única obra escrita por este Pastor: O HOMEM ESPIRITUAL. Apesar da Teologia não seguir sua cartilha em nossos dias, quem a escreveu não possuía jatinho, nem apartamento em Miami, muito menos tinha programas no Rádio ou Televisão. Na verdade, não possuía conforto material algum. Sua "mansão" ficava dentro de uma prisão da China. Pastor Nee foi preso em 1952 e morreu [tuberculoso] na mesma prisão em 1972. Vinte anos preso.
 
Ele foi, no século passado, o primeiro líder a estabelecer os chamados grupos familiares, os little flocks ou "pequenos rebanhos". Não o fez para mostrar o quanto sua Igreja crescia, mas intuitivamente, para levá-la aos subterrâneos da China, caso a guerra com o Japão viesse a destruir tudo. 

Fez por uma visão de Deus.  Pensava que o motivo era o Japão, mas Deus que  já sabia de tudo, não falou sobre comunismo ou se falou, ninguém entendeu. 

Neste nosso universo Evangélico atual, onde os paradigmas morais estão se dissolvendo como açúcar, ler os três volumes deste livro " O Homem Espiritual" (Editora Betânia) não é voltar ao passado, mas pensar no futuro. No futuro de nossa vida espiritual e das nossas famílias. Com muito carinho, aos leitores deste blog, Irmão João Cruzué.

BIOGRAFIA

Pastor Watchman Nee - (1903-1972)

Fonte Voidspace.org  (acesso em 2008) 

Tradução: João Cruzué

Nee To-sheng ou Watchman Nee, o grande líder cristão chinês, nasceu em  Fucheu, capital da província de Fukien, no Sudeste da China. Seu avô paterno foi o primeiro pastor chinês da Igreja Congregacional do norte de Fukien. Nee foi consagrado ao Senhor por sua mãe, antes do seu nascimento.

Em sua juventude, provou ser um indivíduo dotado de grande inteligência e de futuro promissor. Ele foi consistentemente o melhor aluno da Faculdade Trinity, adquirindo excelente histórico acadêmico. Nee, naturalmente, tinha grandes sonhos e planos para uma carreira cheia de realizações.

Em 1920, aos 17 anos de idade, conheceu o Evangelho e, depois de algumas lutas internas, aceitou Jesus como seu suficiente Salvador e Senhor. Ao tomar esta decisão, deixou sua carreira universitária. Desde então, seu ministério passou a ser conhecido como um dos mais espirituais e significativos do século 20. Seu nome anterior era Nee Shu-tsu. Após a conversão, mudou-o para Nee To-sheng. Isto, devido a um costume local, segundo o qual, se algum fato mudasse a vida de uma pessoa, ela mudaria seu nome. No caso de Nee, foi a sua conversão ao cristianismo.

Já no início de sua vida cristã ele começou a escrever. Seu ministério de aproximadamente 30 anos, foi uma bênção de Deus para a Igreja chinesa, e seus livros ainda serão por muito tempo um manancial de espiritualidade e inspiração para cristãos em todo mundo e em todas as épocas. Sua obra teve um profundo impacto sobre a divulgação do Evangelho e o estabelecimento de centenas de Igrejas locais através da Ásia. Por causa da sua fé em Cristo, Nee foi preso em 1952 pelo regime comunista de Mao Tse-tung, permanecendo seus últimos 20 anos de vida na prisão.

No início, Nee era cristão Metodista. Depois, começou ele mesmo a restauração da Igreja nos moldes da Igreja Primitiva, segundo estava nas escrituras. Era um ferrenho opositor da fragmentação do corpo de Cristo, pela criação indiscriminada de denominações e divisões da Igreja. 

Sua Igreja em Shangai cresceu e chegou a ter 3.000 membros. Orando, decidiu dividi-la em 15 grupos - "Little Flocks" - chamados de "pequenos rebanhos". Cada pequeno rebanho chegava a ter 200 membros. No início dos anos 40, a Igreja já possuía perto de 500 "pequenos rebanhos". Em 1941, Shangai foi invadida pelo exército japonês e a Igreja começou a passar por necessidades financeiras. Ele e seu irmão montaram uma empresa farmacêutica, para complementar os recursos para as necessidades da Igreja. Daí pode-se perceber que o sistema de grupos familiares, desenvolvido mais tarde na Igreja sul coreana pelo Pastor Paul Yonggi Cho teve influências do trabalho de Nee.

Em 1949, o Partido Comunista da China derrubou o governo nacionalista e instituiu a República Popular da China. A princípio, os comunistas chegaram a insinuar um apoio aos líderes cristãos locais, enquanto expulsava os missionários "imperialistas". Dois anos mais tarde, Mao Tse-tung mostrou sua verdadeira intenção - a de controlar as Igrejas. Durante este tempo, os pequenos rebanhos resistiam a ordem comunista, a que todos deveriam ser filiados a Igreja Cristã Nacional, uma organização fantoche (chapa branca). Milhares de membros da Igreja de Nee foram mortos ou colocados em prisões. Havia informantes comunistas se infiltrados entre muitos grupos.

Os pastores eram rotulados de lacaios dos imperialistas estrangeiros e Nee foi acusado de liderar um grande sistema secreto que envenenava as pessoas com palavras reacionárias. Em 1952 ele foi preso. 

Antes disso, ajudou a criar várias Igrejas subterrâneas. Em 1956, foi julgado e sentenciado à prisão por 15 anos. Em 1967, ele teve a oportunidade de ser solto, mas com a seguinte condição: Nunca mais voltar a pregar o Evangelho. Nee não concordou. Por isso, ele foi transferido para outra prisão onde morreu cinco anos mais tarde [de tuberculose]. Ele preparou a Igreja da China para sobreviver sob a "cortina de bambu" e ela sobreviveu. Mao se foi, mas Jesus continua na China. Continua salvando, batizando e derramando o Espírito Santo. Veja isto nas fotos printadas por mim etre 2007 e 2010: fotos da igreja da China.


A conversão de Watchman Nee
e o início do seu ministério.


"Meu nascimento foi em resposta de uma oração. Minha mãe tinha muito medo de que sucedesse a ela o mesmo que acontecera a sua cunhada que tivera seis filhas, o que segundo os costumes chineses era ruim, pois meninos eram os mais desejados. Mamãe já tivera duas meninas, e embora não entendesse completamente o compromisso de uma oração, ela orou ao Senhor e disse: “Se o Senhor me der um filho, eu lho darei de volta de presente". E, o Senhor ouviu sua oração, e eu nasci. foi meu pai que mais tarde me dissera que antes do meu nascimento minha mãe tinha-me prometido ao Senhor".

Para muitas pessoas, a característica proeminente de ser salvo é o ato de ser liberto do pecado. Entretanto, para mim a questão era se eu aceitaria Jesus e me tornaria seu seguidor e um servo ao mesmo tempo. Eu Fiquei assustado porque se me tornasse um cristão então eu seria chamado para servir a Cristo, e isto iria custar muito caro para mim. Consequentemente, o conflito foi resolvido assim que eu percebi que minha salvação deveria ter os dois aspectos. Então, decidi aceitar Cristo como meu Salvador e servi-lo como meu Senhor. Isto foi em 1920, quando tinha 17 anos de idade.

"Na tarde de 29 de abril de 1920, eu estava sozinho em meu quarto lutando para decidir se deveria ou não crer em Cristo. Primeiro, eu estava relutante, mas assim que tentei orar, vi a magnitude dos meus pecados e a realidade, a eficácia de Jesus como Salvador. Assim que eu visualizei as mãos do Senhor estendidas sobre a cruz, elas pareciam me envolver e vi o Senhor dizer: Eu estava aqui esperando por você!

Observando efetivamente o sangue de Cristo limpando meus pecados e cobrindo-me de tanto amor eu o aceitei ali mesmo em meu quarto. Anteriormente, eu havia rido das pessoas que aceitavam Jesus, mas naquela tarde, a experiência se tornou também real para mim que eu chorei e confessei meus pecados, procurando pelo perdão do Senhor. Assim que fiz minha primeira oração, eu conheci uma alegria e paz tais, que eu nunca tinha experimentado antes. Uma luz parecia fluir no quarto e eu disse ao Senhor: Jesus, o Senhor tem sido deveras misericordioso para comigo."

Depois que me tornei um salvo em Cristo, enquanto meus colegas traziam novelas para ler em classe, eu levava a Bíblia para estudar. Mais tarde, eu deixei a Faculdade para entrar em um Instituto Bíblico, sediado em Xangai criado pela irmã Dora Yu. No começo, por muitas vezes, ela muito educadamente tentou me expulsar do instituto com a explicação de que era inconveniente para mim ficar ali mais tempo. Na realidade era por causa de meu exigente apetite, roupas diletantes e costume de me levantar muito tarde pelas manhãs. Ela queria me mandar embora. Meu desejo de servir a Deus tinha levado um sério revés.

Embora eu pensasse que minha vida tinha sido transformada, de fato permaneciam muitas e muitas coisas que precisavam ser mudadas. Percebendo que eu ainda não estava pronto para o serviço do Senhor, decidi voltar a escola secular. Meus colegas de classe reconheceram que algumas coisas tinha alterado em minha vida, mas que existiam muitas outras que ainda permaneciam em meu velho temperamento. Por isso, meu testemunho na escola não era muito poderoso, e quando pela primeira vez dei meu testemunho para o irmão Weigh, ele não me deu atenção.

Seguindo minha nova natureza de salvo já havia muitas mudanças e todo um planejamento de mais de dez anos se tornou sem significado e minhas ambições de uma brilhante carreira já estavam sendo descartadas. A partir daquele dia com uma inegável certeza do chamado de Deus, eu sabia qual deveria ser carreira da minha vida. Eu entendi que o Senhor tinha me escolhido para si, para minha própria salvação e para sua glória. Ele tinha me chamado para servi-lo e para ser seu amigo-operário.

Antes eu desprezava pregadores e pregações porque naqueles dias eles eram assalariados dos missionários americanos ou europeus, e por este serviço ganhavam deles míseros oito ou nove dólares de prata por mês. Eu nunca imaginaria, nem por um momento, que me tornaria um pregador, uma profissão a qual eu considerava tão insignificante.

Depois de me tornar um cristão, tive espontaneamente um desejo de levar outras pessoas para Cristo, mas depois de um ano de testemunho e testemunhando para meus colegas de escola secular, não havia nenhum resultado visível. Eu pensava que mais palavras e mais razões seriam eficientes, mas meu testemunho parecia não ter um efeito poderoso sobre as pessoas.

Tempos mais tarde, encontrei uma missionária da Região Oeste, a irmã Grose, que me perguntou quantas pessoas tinham sido salvas através de mim naquele primeiro ano. Eu abaixei minha cabeça e vergonhosamente confessei que a despeito de minhas tentativas de pregar o evangelho para meus colegas, nenhum deles tinha se convertido.

Então, ela me disse francamente que deveria existir alguma coisa errada impedindo minha comunicação com o Senhor. Talvez fosse um pecado escondido, dívidas ou algum outro impedimento. Admiti que tais coisas existiam e ela me arguiu se estava disposto resolvê-las, imediatamente. Concordei. A seguir me perguntou como dava meu testemunho e eu lhe disse que escolhia as pessoas ao acaso e lhes falava a respeito do Senhor, se elas mostrassem algum interesse. Ao que a missionária me ensinou que eu deveria fazer uma lista e orasse por meus amigos primeiro, enquanto aguardasse pela oportunidade de Deus para testemunhar para eles.

Imediatamente, comecei a colocar minha vida em ordem para eliminar os problemas que impediam minha comunhão com o Senhor. Ao mesmo tempo, fiz uma lista com o nome de setenta amigos com o propósito de orar por eles diariamente. Alguns dias eu orava a cada hora, até na sala de aula. Quando as oportunidades vieram eu tentava persuadi-los a crer no Senhor Jesus. Meus colegas frequentemente diziam jocosamente, lá vem o Sr. pregador, vamos ouvir sua pregação... Embora de fato, eles não tivessem a mínima intenção de ouvir.

Eu contei, depois, meu fracasso a irmã Grose e ela me persuadiu a continuar orando até que algum deles fosse salvo. E, com a graça do Senhor continuei orando diariamente, e depois de vários meses, todas, com exceção de uma, das setenta pessoas daquela lista foram salvas.

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Duas frases de Watchman Nee:
"A menos que sejamos tratados e quebrantados por meio da disciplina, estaremos restringindo o poder de Deus. 

"Sem o quebrantamento do homem exterior, a igreja não pode ser um canal de Deus".

Em sua última carta, no dia de sua morte, ele escreveu: " Apesar da minha doença, ainda continuo cheio de alegria em meu coração" http://www.watchmannee.org/

Ultima nota: Nee tinha um espinho na carne controlado pela graça de Deus. Desde 1924, ele era tuberculoso. Sobre esse assunto, estive olhando o material e pude ver que a luta de Nee em oração contra essa doença é de uma inspiração e edificação maravilhosas. Ele dependia do Senhor, todo dia, para viver por causa da doença. Viveu com ela 48 anos. Deve demandar umas duas semanas de tradução. Orem por mim, pois gostaria de compartilhar essa bênção com meus leitores.

Comentários: quando olho para as fotos deste chinês, meus olhos ficam molhados. Para ser cristão na China, naquela época, tinha que desprezar a própria vida. Ele sabia o preço e não negociava. Quando quiseram libertá-lo, em 1968, com a condição de nunca mais pregar o nome de Jesus, ele não aceitou e assim o mantiveram no cárcere até à morte. Quando for da próxima vez a uma livraria cristã, não perca tempo. Watchman Nee escreveu sobre aquilo que vivenciava.

Ainda não terminou. Agora veja 90 fotos aqui da Igreja Evangélica da China


Fonte de pesquisa do testemunho - acesso em 2008

tradução de Joao Cruzue
cruzue@gmail.com

Carta de Rode Às Mulheres Desta Geração

 

Nohemy Vanelli 

Amada irmã,

Você já teve tanta certeza de algo que, ao compartilhar com os outros,ninguém acreditou em você? Eu já passei por isso.Naquela noite, estávamos reunidos, orando sem cessar pela libertação de Pedro. Clamávamos por um milagre, mas confesso que não esperava que ele chegasse de maneira tão rápida. Então, de repente, alguém bateu à porta.

Quando reconheci a voz, meu coração disparou - era Pedro! A resposta da nossa oração estava bem ali!Mas, em vez de abrir a porta, corri para contar aos outros. E sabe o que aconteceu? Eles não acreditaram! Disseram que eu estava fora de mim, que era impossível ser Pedro (Atos 12:14-15).

Enquanto eu insistia, Pedro continuava batendo. A resposta da nossa oração estava esperando do lado de fora, mas a incredulidade impedia que vissem o milagre. Quantas vezes fazemos o mesmo? Oramos, clamamos, mas, quando Deus age, hesitamos em acreditar. Ou, como eu, nos deixamos levar pela emoção e nos esquecemos do mais óbvio: abrir a porta!

A provisão de Deus nas amarguras da vida: as águas de Mara

 

Wilma Rejane

 Então Moisés clamou ao Senhor, e o Senhor lhe mostrou um pedaço de madeira. Ele o jogou na água, e a água se tornou boa. Ali o Senhor lhes deu leis e ordenanças, e ali os pôs à prova. (Êxodo 15:25)

O povo de Israel havia acabado de presenciar o maior milagre de suas vidas: a abertura do Mar Vermelho e a destruição do exército egípcio. Cantaram e dançaram em louvor a Deus! No entanto, a jornada continua, e a vida real no deserto se impõe. Três dias de caminhada sem água. A alegria da vitória é substituída pela sede intensa e, ao encontrarem água em um lugar chamado Mara, a decepção é amarga: a água é intragável. O nome "Mara" significa, ironicamente, "amargura".

​Quantas vezes nossa vida se parece com a experiência de Mara? Passamos por grandes livramentos ou bênçãos, mas logo somos confrontados com uma amargura inesperada – uma doença, uma perda, um desentendimento, uma crise financeira, ou a dura realidade de um sonho desfeito. 

​O povo de Israel murmurou, mas Moisés fez a coisa certa: clamou ao Senhor. E a resposta de Deus é imediata e prática: Ele não fez um grande espetáculo; simplesmente mostrou-lhe um pedaço de madeira.
 

Coração de Maria e mãos de Marta

  
João Cruzué

Ontem, quando desci à sala para orar, um pensamento veio e eu pedi ao Senhor que falasse comigo. Ao abrir a Bíblia antes da oração, pude perceber que Deus falou. E como sempre gosto de fazer, vim até aqui para compartilhar. Pela primeira vez percebi um há um elo entre os fatos passados na casa de Marta e Maria e a parábola do bom samaritano.

-Senhor, fala comigo pela Sua Palavra, eu pedi. Há dias em que temos mais necessidades de orar que outros, e esses dias em especial, têm sido bem difíceis, pois são vários os motivos para bater, buscar e pedir recurso onde se pode achar.

Ao abrir a Bíblia pude ler a página inteira do final do capítulo 10 de Lucas,  o texto de Marta e Maria (versículos 38 à 42)  e a parábola do bom samaritano ( versículos 25 à 37). São palavras muito conhecidas, mas que ontem fizeram-se novas para mim.

A preocupação de Marta era o serviço: anda para lá, anda para cá; imagino: arranjando lenha, assoprando brasas do fogo, limpando as panelas, assando um pão, talvez depenando alguma ave, ou mesmo temperando um pequeno cordeiro. O tempo passava, o dia ou noite chegando e nada da ajuda de Maria.

Maria esquecera-se completamente do serviço. Assentada aos pés de Jesus, (não havia nem cadeiras nem mesas altas naquele tempo e naquela cultura) ouvia com o coração ardendo, o falar do Mestre. O tempo passava e ela não se cansava, como vez em quando ainda acontece em nossos dias, quando a presença do Senhor se faz muito forte conosco em uma reunião da igreja ou na oração solitária em nosso quarto.

Marta estava preocupada em servir, porém, estava ansiosa.  Maria esquecera-se de tudo porque ouvia  e queria ouvir mais das palavras do Senhor. Marta receosa em não dar conta do trabalho,  deu ordens ao Mestre: Senhor, não te importas que minha irmã me deixe servir sozinha? Dize-lhe, pois, que me ajude.

Comunicação é uma coisa boa; precisamos mesmo nos comunicar. Mas comunhão é algo muito mais profundo. Qualquer um pode comunicar-se, dizer bom dia, boa tarde, reportar o tempo; alguns podem orar acompanhados por uma hora, duas ou quem sabe até uma vigília inteira, mas nem todos assuntos falados significam comunhão; isto é mais que sabido. Comunhão é algo profundo, é sentir a presença, ser tocado pela presença e ser transformado por ela.

Muitos de nós vive fadigados, preocupados, sem tempo, quem sabe até dando ordens ao Senhor. É um corre-corre, do inicio ao fim de semana, trabalhando como Marta para fazer crescer os projetos, mas muitas vezes vazios e colhendo pouco no âmbito espiritual, por que?

Carta de Lídia às mulheres desta geração


Nohemy Vanelli

Amada irmã,

Desde cedo aprendi o valor do trabalho. Como vendedora de púrpura, me dedicava a negociar, planejar e administrar, sempre com esforço e integridade. Mas, acima de tudo, meu coração ansiava por Deus. Buscava o Senhor em oração, e foi assim que minha vida mudou.

Em um dia comum de trabalho, encontrei homens que falavam sobre Jesus. Enquanto ouvia, algo poderoso aconteceu: Deus abriu meu coração para entender a verdade do Evangelho (Atos 16:14). Minha fé se tornou real, e minha casa inteira foi transformada.

Talvez você seja como eu—uma mulher que trabalha, lidera, cuida do lar e da família, administra negócios ou lida com muitas responsabilidades. Às vezes, pode parecer que a correria do dia a dia nos distancia de Deus. Mas quero te lembrar: nosso serviço, quando feito para Ele, se torna adoração. Podemos honrá-Lo em tudo o que fazemos, seja em grandes projetos ou nos detalhes mais simples da rotina.

A esperança de cada dia

 


 Wilma Rejane

Porque tudo o que foi escrito antigamente foi escrito para nossa instrução, para que, pela perseverança e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança.” Romanos 15:4

O mundo está cada dia mais rude e as pessoas distantes e apáticas, apesar de tudo, há corações que aquecem, derretem as geleiras da indiferença e prosseguem com fé e esperança, por Cristo, com Cristo. É estranho perceber o mundo sendo transformado em campos de guerras, conflitos agravados aos extremos e diálogos que soam como pólvora. Ter esperanças em um mundo melhor, contudo, não é utopia, é seguir uma perspectiva Bíblica, sobre a paz nas nações profetizou Isaías:´"...Uma nação não mais levantará sua espada contra outra nação, nem será necessário que se preparem para batalhas." Isaías 2:4  

Esperança não é apenas uma palavra bonita, consoladora, amenizadora do caos. Esperança é parte necessária e essencial da vida cristã, pois, pela esperança da Salvação eterna viveram os profetas bíblicos, os apóstolos, os discípulos,  e viverá a igreja em todas as eras, uma vez que  Jesus Cristo é esperança vital que nos sustenta. Um dos significados para palavra esperança é Elpis e ocorre em I Tessalonicenses 1:3: "Lembrando-nos sem cessar da obra da vossa fé, do trabalho do amor, e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai". No idioma grego, se refere a “permanecer confiante em uma promessa” (Strong 1680), ter esperança na graça de Deus para vencer o mundo terreno firmado na promessa de eternidade com Cristo.  

Profeta Daniel tem me inspirado profundamente quando penso na transformação do mundo e proximidade do fim dos tempos. Daniel foi levado cativo para a Babilônia quando tinha apenas dezesseis anos, era um jovem judeu, cheio de vigor, sabedoria e planos, teve que recomeçar sua vida como estrangeiro, cativo, vivendo no palácio sob as ordens de um rei idolatra e rude. Rebatizado de Beltessazar que significa "Bel protege a vida do rei", Daniel estava pressionado a esquecer seu próprio nome e identidade, porém, venceu todas as dificuldades e perseguições se tornando mais forte, sábio e próximo de Deus. Daniel era um homem cheio de esperanças!

Dizem que Jared Kushner é o anticristo


 Wilma Rejane 

Você já se deparou com algum vídeo ou artigo afirmando ser Jared Kushner anticristo? Há centenas de influenciadores afirmando que Jared cumpre as características do anticristo. Tentando desvendar à verdade sobre o tema é que escrevi esse artigo.

Escolhi um trecho do livro de Daniel, capítulo 11, verso 37, onde são descritas características importantes, traços da personalidade e da tradição religiosa da pessoa do anticristo. Existem outras passagens Bíblicas, mas essa é bem conhecida e embora seja curta, permite uma análise de componentes públicos sobre o anticristo, vejamos:

"E não terá respeito aos deuses de seus pais, nem terá respeito ao amor das mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre tudo se engrandecerá. "

Consultei o texto em hebraico, transliterado para o português, vejamos se realmente as características listadas no versículo, se encaixam com Jared Kushner:

O plano de paz entre Israel e Hamas é a aliança que dará início à tribulação?



Permitam-me começar com um ponto que tenho frequentemente levantado em meus escritos e palestras sobre profecias bíblicas, cumpridas e não cumpridas. O princípio é este: a profecia bíblica nunca se cumpre aproximadamente; ela sempre se cumpre exatamente como está escrita, como é profetizada. Portanto, devemos evitar o que chamo de "exegese jornalística". Essa é a tendência de muitos crentes de ler a imprensa diária e começar a especular. Devido a um ponto de semelhança entre um evento atual e uma profecia bíblica, eles acreditam que a profecia se cumpriu. Posso dar muitos exemplos passados ​​e atuais dessa tendência.

No entanto, o procedimento adequado para interpretar as Escrituras é primeiro interpretar o texto em seu próprio contexto e, em seguida, verificar passagens relacionadas e ver exatamente o que o texto realmente ensina. Não devemos nos envolver em especulações sobre como a profecia pode ou não se cumprir. Assim, se um evento atual realmente se encaixa perfeitamente em uma profecia, então essa profecia se cumpre, mas não antes.

Então, o que as Escrituras realmente ensinam sobre a aliança que dará início aos sete anos de tribulação? Há duas passagens principais: Daniel 9:27 (no contexto dos versículos 24-27) e Isaías 28:14-22.

Daniel 9:27 - E ele firmará aliança com muitos por uma semana, e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e até à consumação; o que está determinado será derramado sobre o assolador.

Confira Isaías 28 em sua Bíblia ou clique Aqui para ler online 

A aliança é feita especificamente entre Israel e o Anticristo. Na Bíblia, ela nunca é chamada de aliança de paz, embora seja uma aliança que garantirá a segurança militar de Israel. É porque a liderança de Israel depositará sua confiança nessa aliança e no Anticristo, que finge ser seu amigo, e não no Deus de Israel, que a assinatura dessa aliança desencadeará a tribulação. Somente na metade do período de sete anos, quando a aliança for quebrada, a liderança de Israel finalmente reconhecerá a verdadeira natureza daquele com quem assinou a aliança.


O plano de Trump se encaixa no que a Bíblia realmente diz? A resposta simples é: Não! O plano de paz de Trump pretende ser um tratado entre Israel e os palestinos. Deve ser assinado por Israel e pelos palestinos, e não por Israel e Trump. Se Israel assinar este pacto, não será porque confia nos palestinos para garantir sua segurança militar. Nenhum líder israelense — seja de direita, esquerda ou centrista — jamais aceitará ou confiará em qualquer líder árabe para garantir a segurança militar de Israel.

O vazio da alma

 

Wallace Sousa

 
“Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação do século”. Mateus 28.20.


Quantas vezes tivemos a impressão de estarmos sozinhos, mesmo em meio a uma multidão? É estranho sentir solidão em meio a várias pessoas, não acha? Achamos realmente estranho… quando acontece com os outros… mas se é conosco, logo temos milhões de justificativas, desculpas e razões para nos sentirmos assim. 

Já parou para pensar onde as pessoas se acham mais solitárias? Nas grandes cidades. Como é possível alguém sentir solidão em meio a milhares, talvez milhões de pessoas? O ser humano é gregário por natureza, ou seja, prefere a companhia de outros seres humanos e faz da amizade verdadeira, quando a encontra, um bem inegociável. Apesar disso, ainda há pessoas que preferem o isolacionismo, e por isso é que encontramos eremitas modernos.

A solidão é mal antigo, mas a diferença é que já esteve mais controlado. No princípio, quando Deus criou o mundo, colocou um homem para cuidar do jardim (Éden) que havia feito. Lá o homem tinha de tudo que o satisfizesse. E era tudo dele. Só dele. Unicamente dele. Miseravelmente e solitariamente dele. Mas havia também Deus, sim, Deus estava lá. E conversava com o homem. E Deus olhou para o homem e disse: “não é bom que o homem esteja só”. E Deus procurou uma companheira para Adão (do hebraico Adam=homem).

A leoa, esposa do rei dos animais, não serviu. A gazela, tão graciosa, não serviu. A águia, tão imponente, também não serviu. A papagaia, tão tagarela, coitada, sem chance. Então veio a ideia: “far-lhe-ei uma adjuntora (companheira) que lhe seja idônea”. Fez cair um profundo sono em Adão, retirou-lhe uma costela, fechou a carne no lugar e moldou a mulher, diferentemente do homem que foi formado do pó da terra. Que surpresa teve Adão ao abrir os olhos. Que visão! Que coisa estupenda! “Esta é osso dos meus ossos e carne da minha carne”. Que cara de sorte esse Adão. Solidão? Nunca mais! Agora tenho tudo que preciso: estou no jardim de Deus com a mulher que Deus me deu – deve ter pensado ele.

Mas apenas um deslize e tudo foi perdido. Expulso e humilhado, o casal outrora tão feliz amargaria a dura realidade de descobrir que estavam sós. Como sós? Não tinham um ao outro? Sim, mas haviam perdido a comunhão com Deus, a comunicação com o Divino Ser, tudo por darem ouvidos à serpente e serem enganados por ela.