Recomeçar a vida

 


Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo dentro de vocês; tirarei da carne de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Porei dentro de vocês o meu Espírito e farei que andem nos meus estatutos, obedeçam aos meus juízos e os cumpram.” Ezequiel 36 : 26 - 27


O Senhor está falando de um transplante de coração, não de um transplante físico, mas espiritual. O coração é mais do que um órgão que bombeia sangue vital para o resto do corpo. O coração simboliza tudo o que significa ser humano. Muitos transplantes de coração são realizados todos os anos, e somos a primeira geração a entender como um novo coração pode substituir um antigo. Mas o que precisamos é do tipo de coração que o Senhor deseja que tenhamos.


Ter um novo coração  nos dará a maravilhosa sensação de que há outra pessoa dentro de nós, Jesus Cristo, e quão gratos seremos porque dentro de nós está batendo o próprio coração de Deus.


Hoje, com tudo o que está acontecendo em nosso mundo, nossos corações estão endurecendo. Mas Deus pode nos dar um transplante de coração, onde Ele removerá nosso coração de pedra e nos dará um coração de carne, isto é, um coração aberto a tudo o que Deus tem.

A Páscoa da cruz

 


Wilma Rejane

Páscoa é Cristo ressuscitado, O Cordeiro de Deus definitivo que aboliu todos os sacrifícios humanos em direção à salvação da alma. Ninguém é capaz de salvar-se a si mesmo, a não ser indo até Cristo Jesus. Ele é o Caminho que conduz a Deus. Essa é a comemoração mais importante da humanidade por revelar um tempo em que Deus perfeito e justo, enviou Seu filho único, em semelhança de homem para declarar ao mundo Seu amor . 

Páscoa fala de passagem. De um estado de cativeiro para libertação. Da morte na cruz do calvário,  cujo sangue derramado desceu aos confins do inferno para resgatar os que estavam destinados à morte eterna.

E ao ressurgir no terceiro dia, O Cristo, Ressuscitado,  ascendeu ao céu estabelecendo um Reino de justiça. O Cristo e a Cruz são elementos determinantes da Páscoa. E por isso, através dos séculos, a cruz se transformou em símbolo da cristandade. 


Vemos cruzes em templos, cemitérios, joias, roupas, enfim, ao olharmos para uma cruz, vazia ou com imagem de Cristo, logo nossa memória é ativada para questões de fé e especialmente cristã. 

O símbolo de estacas entrelaçadas, que sustentou tanto Jesus Cristo, como uma multidão de malfeitores, punidos com a crucificação na antiguidade, foi por muitos anos, parte do mundo pagão.

Há sempre superficialidade, quando tratamos de símbolos e suas representações e ignoramos a vivência. Por isso, paro um pouco para refletir não sobre a Cruz, mas sobre o Cristo na cruz. É bem fácil falarmos em cruz, carregamos uma como adesivo em nosso carro, pingente, e outros. Os pagãos também faziam isso. Mas pegar a cruz e seguir a Cristo é o grande desafio, é viver a Páscoa.


Feliz Páscoa!

 

Wilma Rejane

O que é páscoa? A palavra  vem do hebraico pesah, traduzida para o grego "páscoa", significando passagem. Na Bíblia a primeira citação sobre  Páscoa se encontra no livro de Êxodo 12:11: "Esta é a páscoa do Senhor", uma comemoração ocorrida por ocasião da libertação dos israelitas escravizados no Egito. Uma passagem da vida de escravidão para libertação. Um evento marcado com sangue de cordeiro espargido sob as portas dos libertos, apontando para o sangue definitivo de Cristo Jesus que seria derramado para libertar pecadores.

Páscoa, portanto, é uma passagem que ocorre por via miraculosa, um caminho que somente Deus pode prover, como o mar vermelho se abrindo para que os israelitas, enfim, conseguissem se distanciar de modo implacável dos perseguidores egípcios. Através da ressurreição de Cristo, se torna possível a morte do velho homem e o renascimento do novo. A Páscoa em Cristo abre um novo caminho para que se ande sobre ele, distanciando-se dos pecados de outrora. 

Desvendando o enigma dos filhos de Jó

 

Wilma Rejane

Jó era um homem justo e temente a Deus, mesmo sendo íntegro e fiel, perdeu tudo e sofreu muito. Depois de suportar suas provações, Deus lhe restaurou os bens e muito mais,  derramou Suas bênçãos sobre a vida de Jó.

Mas como devemos entender Deus restaurando os filhos de Jó? Parece haver um enigma sobre o fato.  O problema surge ao observarmos a narrativa final do livro, no último capítulo, quando Deus duplica tudo que Jó havia perdido, porém, não duplica o número de seus filhos, vejamos:

No inicio do livro de Jó, antes das tragédias em sua vida é dito:

Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal. E nasceram-lhe sete filhos e três filhas. E o seu gado era de sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; eram também muitíssimos os servos a seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do oriente. Jó 1:1-3

Com o fim da provação de Jó e a chegada da restauração, é descrito:

E o Senhor fez voltar o cativeiro de Jó, quando ele orou pelos seus amigos; e o Senhor deu a Jó o dobro do que ele tinha antes. Assim, o Senhor abençoou o último estado de Jó mais do que o seu início, pois ele tinha quatorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de bois e mil jumentas. Ele também tinha sete filhos e três filhas. Jó 42:10, 12-13.

Deus duplicou literalmente tudo que Jó havia perdido, mas, em relação aos filhos, a duplicação não acontece.

Se, antes da provação  ele tinha dez filhos, com a duplicação, deveria ter vinte. Somados os vinte filhos com os dez contados no início do livro de Jó, antes das perdas e provações, o número total deveria ser trinta. Contudo, o que se entende do contexto geral, da soma dos filhos é que o número se encerra em vinte ou mesmo em dez, como?

Há quem diga que Deus ressuscitou os 10 filhos de Jó, há quem diga que os filhos nunca morreram, mas os mensageiros levaram à Jó uma notícia falsa (Jó 1:19), o que explicaria Jó se lamentar no período de sua doença e pobreza "Sou repugnante para meus filhos" Jó 19:17. O hebraico traduz a expressão filhos como filhos físicos, nascidos do ventre, dos lombos de Jó. 

Não é sinal de fraqueza



Todos nós, algum dia, já nos deparamos com situações diante das quais nos sentimos absolutamente impotentes; nada podíamos fazer, nenhuma palavra podia ser dita, nenhum gesto nosso faria qualquer diferença, nossas experiências para nada valeriam. Nessas horas, só nos restou uma constatação, uma certeza: Só Deus para nos ajudar! Ele é o único bálsamo capaz de trazer alívio para a nossa mais profunda dor. O Senhor conhece a nossa alma e sabe dos nossos limites. Ele nos conhece tal como somos. Só Ele pode invadir os segredos do nosso ser.

Há momentos tão difíceis que, se Deus não nos tomar pela mão, ficaremos prostrados. Da mesma forma, se Ele não tocar nosso coração, ninguém conseguirá consolar-nos. Se a força Dele não nos erguer do caos, ficaremos cambaleando, tal qual um bêbado, com passos trôpegos pelos corredores da vida. O Senhor é a esperança que nos mantém vivos, e a Sua força é a razão de seguirmos vivendo, apesar das tempestades.

Depender do Altíssimo não é sinal de fraqueza, mas o testemunho de fortaleza interior. O homem só é grande quando se reconhece carente do Senhor. Crescemos quando estamos nos braços do Pai.

Revelações sobre a Páscoa no livro de Josué e de João

 



Wilma Rejane

Alguma vez ao ler o milagre da multiplicação dos pães e peixes você relacionou-o com a entrada dos israelitas na terra prometida? Se ainda não fez essa conexão entre Antigo e Novo Testamento convido-o a ler o artigo e se aprofundar um pouco mais no estudo da Palavra. É simplesmente maravilhoso constatar a perfeição das Escrituras e a grandeza escondida nos detalhes.  

No livro de Josué, capitulo 5, encontraremos subsídios para compreendermos melhor o que foi descrito pelos evangelistas: Mateus, Marcos, Lucas e João sobre a multiplicação. Façamos, portanto, um paralelo entre Josué e João ( antigo testamento e novo testamento).

João 6: 1 a 14:


Depois disto partiu Jesus para o outro lado do mar da Galileia, que é o de Tiberíades. E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos. E Jesus subiu ao monte, e assentou-se ali com os seus discípulos. E a páscoa, a festa dos judeus, estava próxima. Então Jesus, levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem? Mas dizia isto para o experimentar; porque ele bem sabia o que havia de fazer. Filipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiros de pão não lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco. E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe: Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos? E disse Jesus: Mandai assentar os homens. E havia muita relva naquele lugar. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil.

E Jesus tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, e os discípulos pelos que estavam assentados; e igualmente também dos peixes, quanto eles queriam. E, quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca. Recolheram-nos, pois, e encheram doze alcofas de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido. Vendo, pois, aqueles homens o milagre que Jesus tinha feito, diziam: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo. ”


Josué capitulo 5: 10 a 12:

 "Na tarde do décimo quarto dia do mês, enquanto estavam acampados em Gilgal, na planície de Jericó, os israelitas celebraram a Páscoa. No dia seguinte ao da Páscoa, nesse mesmo dia, eles comeram pães sem fermento e grãos de trigo tostados, produtos daquela terra. Um dia depois de comerem do produto da terra, o maná cessou. Já não havia maná para os israelitas, e naquele mesmo ano eles comeram do fruto da terra de Canaã."

Sobre ser jovem na velhice

 

Wilma Rejane

Os que estão plantados na casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e vigorosos, para anunciar que o Senhor é reto. Ele é a minha rocha e nele não há injustiça. Salmos 92:13-15.

Penso que há algo de errado com uma sociedade que não valoriza o idoso e relega a ele o papel de peça de museu empoeirada e enferrujada, agindo como se a juventude simbolizasse toda esperança de um futuro promissor e a velhice uma força que desvaneceu e sobrevive de memórias. Este “determinismo social” que decreta aos idosos "morte antes da morte", é cruel. O legado do passado deveria ter tanto valor quanto as perspectivas de futuro. Um legado de lutas, experiências, conhecimento, doação

A intenção aqui não é generalizar que aos idosos cabe a sabedoria e aos jovens a tolice, pois a  Bíblia afirma que há jovens mais sábios que muitos idosos:

Melhor é um jovem pobre e sábio, do que um rei idoso e tolo, que não mais aceita repreensão.” Eclesiastes 4:13